Assessoria de Comunicação da Deso contesta postagem de AnderSonsBlog e, como sempre, o espaço tá garantido. Porque aqui é assim: PÁ DAQUI! PÁ DE LÁ!

Em relação a uma recente publicação deste AnderSonsBlog que, por sua vez, repercutiu um vídeo do diretor de Comunicação do SINDISAN, José Igor de Oliveira, em que se critica a ‘farra’ de terceirizados na Deso (leia AQUI),o assessor de Comunicação da companhia, Eder Meneses, solicitou espaço para publicação de uma nota em que questiona os números apresentados pelo sindicalista. Assim, vamos com mais um PÁ DAQUI! PÁ DE LÁ! Com a publicação da nota da Deso na íntegra e, depois, voltamos com nossos comentários.

A Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) vem a público rechaçar, com veemência, as informações inverídicas divulgadas pelo Sindisan em suas redes sociais, a respeito da suposta contratação de 382 trabalhadores terceirizados. Trata-se de uma alegação infundada, que desinforma a sociedade e compromete o debate público sério.

Atualmente, a Deso mantém apenas dois contratos de prestação de serviços terceirizados:

• MasterServ: 140 profissionais atuam em funções operacionais e de apoio logístico, como jardineiro, pintor e auxiliar de serviços gerais;

• Total Facilities: 35 profissionais ocupam cargos como motorista de caminhão, operador de retroescavadeira e auxiliar administrativo.

O número total de terceirizados vinculados à companhia é de 175 colaboradores — número significativamente inferior aos 382 divulgados de forma leviana pelo sindicato.

Não há, e nunca houve, qualquer contrato ativo para a contratação de outros 207 profissionais, nas funções citadas pelo Sindisan. O que existiu foi um estudo preliminar, realizado em abril de 2024 — antes da efetivação da concessão parcial dos serviços à Iguá Saneamento —, cuja viabilidade foi posteriormente descartada por análise técnica. O processo foi encerrado ainda na fase interna, sem assinatura de contrato e sem admissão de pessoal.

Todos os contratos da Deso estão publicados no Portal da Transparência, em total conformidade com a legislação. A informação é pública e acessível a qualquer cidadão, inclusive ao próprio sindicato, que deveria ter consultado as fontes oficiais antes de propagar dados distorcidos.

A Deso repudia qualquer tentativa de manipulação da opinião pública por meio de informações falsas e reafirma seu compromisso com a transparência, a legalidade e a gestão responsável dos recursos públicos”.

Ok, tudo muito bom, tudo muito bem. Mas levando em consideração esse número, que, por sinal, não incluem os terceirizados de segurança – e há quem diga que a Deso, hoje, é o ‘lugar mais seguro do mundo’, chegando a ter até dois seguranças em um mesmo local – e nem dos contratos de locação de carros COM MOTORISTAS, é bom que se frise, pois isso também conta como trabalhador terceirizado, para ficar em apenas dois exemplos que, seguramente, aumentam de forma considerável esse total dito pela Deso de ‘apenas’ 175 terceirizados, né verdade?

Será que a direção da Deso, a cargo de Luciano Goes, indicado pelo deputado federal Gustinho Ribeiro (Republicanos), não percebe o quão isso é ruim para o que restou da companhia?

Sim, porque o quadro atual de servidores efetivos da Deso é composto por um total de 962 trabalhadores e trabalhadoras, dos quais 38 estão cedidos para outros órgãos. Só que a atividade-fim da Deso foi reduzida drasticamente com a concessão/venda dos serviços de distribuição de água, coleta e tratamento de esgoto e cobrança mensal das faturas para a Iguá.

Aí a solução está mesmo em terceirizar tanto assim? Será que os servidores da Deso não poderiam receber incentivos e gratificações para executar os serviços que agora estão reduzidos à coleta e tratamento da água para posterior venda à Iguá? Em que pese a nota da Deso se ‘gabar’ de não serem 382 terceirizados, considerar que 175 pessoas contratadas sem concurso, sem PSS e com base em contratos com empresas privadas é um número ‘pequeno’ é uma tremenda falta de empatia com a massa de trabalhadores e trabalhadoras que sonham com um emprego público.

E, como se sabe, esses 175 podem, sim, muito bem serem indicações políticas – ou politiqueiras, como preferir –, não é mesmo? Ou seja: sejam 382, sejam 175, de toda forma a direção da Deso não opta por uma reestruturação efetiva da companhia, onerando mais e mais os custos para manter a Deso com essas terceirizações. Simples assim! Até quando isso, hein?

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