Em momentos extremos cabe, ao ‘comando em chefe’, extremar-se também. E isso tá faltando ao governador Fábio Mitidieri quando sob pressão! Veja três fatos comprovadores disso

Festa é importante? Claro! Educação é essencial? Sem dúvida! E o que é que está acima de tudo? A vida! Então, vamos por partes: os 60 dias de festejos juninos e julinos recém iniciados em Aracaju, somando-se com a infinidade de festas pelo interior sergipano, são sim um momento ímpar, que reforça nossas raízes e dá gás ao Turismo. Não há viv’alma que discorde de algo tão básico e latente, né isso, leitor e leitora?

Só que, concomitantemente, a vida segue seu fluxo e as coisas não param de acontecer por conta da realização de uma festa.

Então, parece que esta seria uma possível motivação do governador Fábio Mitidieri (PSD) para fazer muxoxo em relação a breve greve da rede estadual da Educação. Nossa Senhora das Papas na Língua, que bicho mordeu Fábio pra ele dizer que não dialogaria mais com o Magistério sergipano?

E desde quando, vamos e venhamos, que um governador ou seja qual for o gestor eleito se considera tão acima do bem e do mal que pode se dar ao luxo de encerrar diálogo de forma unilateral por conta de uma paralisação de seja qual for a categoria?

E aqui é que vem esse adendo de AnderSonsBlog: será que o governador quereria que os professores e professoras fizessem um hiato de 60 dias pra ‘respeitar’ a festa e só deixar pra cobrar depois de findos os festejos juninos e julinos? Faça-nos o favor, né Fábio…

Aí a professorada de luta mete as caras e ocupa a secretaria de Educação do estado por três dias. E o governador segue emburrado, cara fechada e não quer diálogo mais. Tem coisa mais pueril do que essa, gentes?

Mas a coisa se agrava com a grave crise na Saúde a partir da síndrome gripal intensa que se abate sobre Sergipe – este que vos escreve foi vítima, e meio que ainda o é, dela. E o ‘calcanhar de Aquiles’ foi o acometimento de problemas respiratórios em crianças que não conseguiram espaço em UTIs infantis na rede estadual.

E o que o governo de Fábio faz? Vai pra mídia e diz que aumentou em 40% os leitos infantis. Só que, diante da gravidade do momento, esse percentual se mostra insuficiente. E essa é a realidade e cabô, gentes! Se o que foi feito até agora não deu conta de resolver o problema, que pode se agravar com o período de fogos de artifício e de fogueiras, que se faça mais! Não se trata de apenas dizer ‘já fiz’! Trata-se de dizer ‘vou fazer mais’ e realmente fazer! Simples assim!

O que não dá é querer passar por cima dos problemas por conta de termos aí 60 dias de festas! Não, isso não é aceitável e o governador e sua equipe têm que dar conta da resolução da questão e não apenas assegurar que já fez, mas dizer claramente o que será feito de forma emergencial para estancar o problema e o risco de morte de muitas crianças sergipanas. É isso e não tem como discutir com a realidade, entende?

Ou a ideia seria que ninguém adoecesse durante os 60 dias de festa? Ah, aí faltaria um combinadinho com… Deus, né?

Resumindo: que festa massa, viu Fábio? Tá top e que siga top até o final de julho, amém? Mas, Fábio, retome o diálogo com o Magistério, viu? E mais: Fábio, honre seu belíssimo salário e vá pra linha de frente do atendimento infantil na nossa Saúde, beleza?

E, se pra fazer tudo isso, for preciso sair mais cedo da festa e começar a trabalhar ainda mais cedo no dia seguinte, que assim seja feito. Porque não é nada contra as festas em si, mas tudo a favor da resolução de questões que estão em curso ao mesmo tempo em que a festa se realiza. E sabe o nome disso, leitor e leitora? Governar! Sim, exata e precisamente isso: governar! Sem mais!

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3 Comentários

  • Luiz

    7 de junho de 2024 - 06:29

    Parabéns pelas materias

  • Luiz

    7 de junho de 2024 - 06:31

    Infelizmente tão pouco se lixando pra o que e encial que e saúde e educação

  • Ary Sousa

    7 de junho de 2024 - 06:34

    Bom dia, abraço e saúde. Veja a política desse governo é essa, valoriza algumas classes e outras não, pela simples análise festiva dele.

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