André Moura demorou pra responder, mas quando o fez, ‘fez fazendo!’: colocou Alessandro Vieira e Edvaldo Nogueira em seus lugares e jogou limpo com Fábio Mitidieri. Entenda

A semana passada foi pródiga em movimentações políticas para a base governista e AnderSonsBlog já falou sobre isso e voltará ao assunto nessa postagem e em algumas mais pela frente.

Mas, nesta, o foco não podia deixar de ser as respostas dadas por André Moura, presidente estadual do União Brasil, em relação a dois questionamentos que ele recebeu da imprensa durante o Sergipe É Aqui, em São Domingos, na sexta, 4.

Vamos lá: a primeira foi sobre sua avaliação de caminhar eleitoralmente com o senador Alessandro Vieira (MDB). E aí André foi na lata: “hoje é um dia de felicidade, de falar de coisa boa. Não vamos falar em coisa ruim”. Já quando questionado sobre a mesma situação em relação a Edvaldo Nogueira (PDT), a resposta também foi firme, pois ele lembrou tudo o que fez pelas gestões de Edvaldo em Aracaju e classificou o comportamento posterior do ex-prefeito da capital como “covarde e mentiroso”.

E aí, depois do impacto profundo dessas declarações, veio gente querendo ‘inverter’ as posições e isso, na modesta opinião da casa aqui, não é apenas canalhice, é também uma imensa irresponsabilidade histórica!

Sim, porque querer atribuir a André, por dois posicionamentos específicos dele, algum tipo de ‘desconforto’ ao agrupamento governista é a mais pura e deslavada mentira e qualquer um, com um mínimo de memória, pode atestar isso!

Senão, vejamos: Alessandro Vieira sempre atacou André Moura e isso era do jogo enquanto eles estavam em agrupamentos diferentes. Mas, nas Eleições 24, com ambos no agrupamento governista de Fábio Mitidieri (PSD), quando resolveu tentar emplacar a sua candidata a prefeita de Aracaju, Danielle Garcia – que teve um desempenho pífio e a gente ajuda a explicar por qual razão logo a seguir –, o senador optou por atacar a candidatura de Yandra Moura pelo União justamente batendo em… André Moura!

Ora bolas, Yandra é filha de André e todo mundo sabe disso! Agora, Alessandro tentar invisibilizar a candidatura dela dizendo que André é quem mandaria na prefeitura é, sim, violência política de gênero! Quer dizer que Yandra, por ser jovem ou mulher ou filha de André, não poderia gerir bem Aracaju? Conta outra, senador! E tem mais: Yandra faz parte do mesmo agrupamento de Alessandro e a adversária mais forte de ambos era Emília Corrêa (PL). Então, ao atacar André pra atingir Yandra, Alessandro acabou foi atingindo o agrupamento de Fábio, né verdade? E, por tabela, ao tentar diminuir o protagonismo feminino de Yandra, pode, sim, ter acabado detonando também com a campanha de Danielle – o eleitor e a eleitora podem muito bem ter se perguntado: “ele diz que Yandra não vai mandar, que quem vai mandar é André. Então, no caso de Danielle, ele também pensa o mesmo? Será ele quem vai mandar?”. É osso!

Já em relação a Edvaldo a pancada foi de outra maneira, mas com os mesmos objetivos espúrios: a campanha de Luiz Roberto, também do PDT presidido por Edvaldo, era apoiada por Fábio Mitidieri que, por sua vez, jamais desancou e nem desmereceu as candidaturas nem de Yandra e nem de Danielle.

Mas, diante da possibilidade de perder espaços eleitorais para Yandra, a campanha de Luiz colocou o tal ‘marketing do mal’ para atacar André, visando também diminuir o papel de Yandra, e sobrou até para o ex-governador Belivaldo Chagas (Pode)! Tem cabimento um negócio desses? Ao invés de ‘levantar’ Luiz, optaram por ‘rebaixar’ Yandra!

E aí veio o 2º turno e, depois de tantos ataques, a postura de Yandra foi corretíssima ao se abster de apoiar Luiz e, por tabela, isso acabou ajudando na vitória de Emília, ainda que indiretamente. Ou seja: nem Alessandro e nem Edvaldo ajudaram o agrupamento de Fábio! Tá mais do que claro isso!

E depois de tudo isso ainda querem que André Moura fique ‘caladinho pra ganhar chiclete’ e, quando ele se manifesta, ainda querem acusar ele de ‘causar’ dentro do agrupamento governista? É piada de salão uma coisa dessas, é?

Olha, leitor e leitora, política tem que ter embates entre adversários – e mesmo estes devem manter algum nível. Mas ataques entre componentes de um mesmo grupo, ainda mais de forma leviana, como de fato foi, em plena disputa eleitoral? Aí não dá para querer empurrar goela abaixo da população que quem foi atacado se torne, do dia para a noite, o algoz! Parem que tá feio esse tipo de argumentação fajuta!

Na verdade, certo mesmo está é André que, num ano não-eleitoral, diz logo o que pensa de quem tanto o atacou na eleição aracajuana e, com isso, age de forma sincera em relação, inclusive, a Fábio Mitidieri, que não é besta e nem nada e sabe que tentar ‘culpar’ André pelos ataques a ele direcionados em profusão em 22 é apenas uma tentativa de, como a gente diz lá na Taperinha, em Lagarto, “jogá fôia nusuvido”.

Portanto, diante das falas de André Moura, Alessandro e Edvaldo têm mais é que ficar na deles pra, aí sim, não atrapalhar Fábio Mitidieri na condução do agrupamento que ele lidera! Até porque ‘todo mundo sabe o que eles fizeram na eleição passada’, né verdade? Então…

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1 Comentário

  • Aderaldo+Prata

    7 de abril de 2025 - 21:24

    Jogáfoia… Aprendi com a nossa querida e saudosa Dna. Preta.

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