Foi-se o tempo em que a figura do vice era mero enfeite a adornar as prateleiras do poder. E isso pode ser comprovado apenas com o exemplo do governo sergipano: Belivaldo Chagas (Pode) foi vice do saudoso Marcelo Deda entre 07 e 10. Na reeleição de Deda, a partir de acordos políticos, Belivaldo cedeu a vaga para Jackson Barreto (MDB) que, com a partida cedo demais de Deda, virou governador e foi a reeleição com o ‘Galeguinho’ como vice. Como JB deixou o governo para tentar o senado, Belivaldo, por sua vez, virou governador e se reelegeu em 18.

Em 22, essa sequência de vices que viraram candidatos naturais foi interrompida porque o PT, partido da então vice de Belivaldo, Eliane Aquino, deixou a base governista mais de um ano antes da eleição.

Aí se decidiu pelo nome do então deputado federal Fábio Mitidieri (PSD) como o candidato a governador governista. E ele, com seu vice, Zezinho Sobral (PSB), encabeçou a chapa que venceu a eleição e governa Sergipe no momento.

Mas para além dessas sequências eleitorais todas, é preciso lembrar que um bom vice é essencial para a governabilidade. E quando o vice não é de total confiança, o caldo entorna, como já visto ao longo da história.

E é por essas e outras que já se discute, faltando pouco menos de 1 ano e 5 meses para a próxima eleição de governador, o nome do vice de Fábio. E se somam a esse debate, digamos, precoce sobre o vice, mais duas razões bem objetivas: primeiro que Fábio está no governo e será candidato a reeleição. E segundo pelo fato de que, caso se reeleja, o governador pode tentar o Senado, se desincompatibilizando em abril de 30 e, com isso, o seu vice assumirá e, por gravidade, vai buscar a reeleição pro governo, ora pois!

Acontece que, mesmo sendo legítimos os pleitos e as discussões da parte dos interessados na próxima vaga de vice de Fábio, é preciso atentar para o papel de Zezinho Sobral como o atual vice. Por exemplo, alguém já viu, ouviu ou acompanhou alguma movimentação de Zezinho que tenha gerado algum percalço grave na gestão de Fábio? Aliás, muito pelo contrário, pois como secretário de Educação do atual governo, Zezinho tem colaborado numa pasta tão importante e difícil – vide o eterno embate entre o SINTESE e o governo que, com a exceção da subida de temperatura em alguns momentos, não tem gerado maiores problemas para Fábio, né verdade?

E tem mais uma coisa: este AnderSonsBlog já teve acesso à algumas pesquisas de opinião em que se testa o nome de possíveis vices pra chapa majoritária governista nas Eleições 26. E embora não tenha autorização para publicar os resultados, a casa aqui garante que Zezinho lidera em todas elas, inclusive com o dobro da intenção de votos do segundo colocado!

De mais a mais, Zezinho é um gestor experiente, já tendo sido, antes da Educação, secretário de Agricultura no governo de Deda. Ou seja: o atual vice tem todas as razões para buscar novamente se candidatar ao mesmo cargo, embora ele mesmo não dê demonstrações públicas de que está se movimentando nesse sentido – o que é um sinal de fidelidade, por óbvio!

Assim, reforce-se: todos os políticos do entorno governista têm total legitimidade para querer ser vice de Mitidieri no ano que vem. Só que Zezinho Sobral também é legitimamente um nome a ser levado muito em consideração tanto por Fábio, como por todo o seu agrupamento.

O que não pode e não é correto é tentar colocar ‘a faca no pescoço’ do governador querendo porque querendo ser vice ‘na tora’, né verdade? E, nesse caso, mais uma vez Zezinho Sobral se qualifica muito para seguir onde está: enquanto muitos falam, falam e falam, ele segue trabalhando e dando a sua contribuição direta ao atual governo. E é assim mesmo que tem que ser!

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