Com seu Processo Eleitoral Democrático tendo candidaturas lançadas nesta sexta, 6, PT dá início a escolha de seus presidentes municipais e estadual já com vistas às Eleições 26

Mesmo os mais críticos ao PT, especialmente dentre aqueles que militam em partidos antagônicos ao próprio PT, assumem – ainda que não em público – que esse é o partido mais forte do Brasil e, sem medo de errar, do hemisfério sul global!

E muito dessa força vem do chamado Processo Eleitoral Democrático (PED), que trata da escolha, pelo voto direto de militantes em dia com as chamadas obrigações partidárias, das presidências dos diretórios nacional, estaduais e municipais da agremiação partidária.

Por isso que o lançamento das candidaturas que participarão do PED que ocorrerá no dia 6 de julho próximo, ocorridas no mesmo horário, início da noite, nesta sexta, 6, em Aracaju, pode ser considerado o maior movimento político-eleitoral deste ano, também sem medo de errar.

Na quadra do Oratório de Bebé, completamente lotada, o senador Rogério Carvalho foi lançado candidato a presidência estadual do PT na companhia de mais de 60 candidaturas aos diretórios municipais. Já no auditório do Sindicato dos Bancários, Cássio Murilo, à presidência estadual, e mais 27 candidaturas a diretórios municipais também apresentaram seus nomes.

E em que pese o evento de Rogério Carvalho ter sido efetivamente maior do que o de Cássio Murilo, é preciso que se respeite o processo interno do PT e, assim, aguardar-se as eleições do início de julho para, de fato, se ter o resultado final.

Mas tem uma coisa que encafifa aqui este AnderSonsBlog: os adversários do PT na política sempre aproveitam para atacar o partido por conta de suas divisões internas, afinal são várias correntes dentro de uma mesma agremiação.

E os petistas rebatem dizendo que esses debates e variantes internos são a maior riqueza do PT, por mostrá-lo plural e capaz de dar voz à diferentes vozes, mas sempre mantendo a coesão em momentos de disputas eleitorais.

Só que, especialmente nos últimos anos, com o agrupamento interno de Rogério Carvalho comandando o diretório estadual – o atual presidente, o deputado federal João Daniel, é alinhado a Rogério – há uma dissidência comandada pelo ministro Especial da Presidência, Márcio Macedo, que, por sinal, é o principal apoiador da candidatura de Cássio Murilo, que parece, ainda que não intencionalmente, querer dar razão aos adversários do PT.

Explica-se: com maior capacidade de aglutinação em torno de seu nome e de sua corrente, Rogério tem vencido as eleições internas e pode, novamente, chegar à presidência estadual da sigla. E caso se confirme a vitória de Rogério, caberá a Márcio Macedo e seu agrupamento, assim como às demais correntes que não apresentaram candidaturas, aceitar o resultado do PED e, principalmente, aparar todas e quaisquer arestas existentes ou que venham a existir por conta da eleição interna.

E isso não pode ficar apenas na retórica, posto que o PT, no ano que vem, deve enfrentar uma das mais duras eleições da história do país não só para a presidência, quando Lula deve buscar a reeleição, mas para os parlamentos estaduais e federal, que vêm tendo um crescimento exponencial dos setores mais conservadores da política nacional.

Portanto, para manter a força que o partido tem e da qual tanto se orgulha, o PT, especialmente o sergipano, terá que assumir para si o que defende para todo o país: a democracia tem que ser respeitada sempre e sempre! Porque se não for assim, serão os adversários dos petistas, cujos partidos não têm um mínimo da democracia interna do PT, que sairão cantando vitória, né não? Simples assim!

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