Airton Martins e a antecipação consciente do que a Barra viverá

Olha, pra ser bastante sincero, pouca gente na vida pública tem a necessária coragem para defender posições firmes e antecipações de problemas vindouros. Airton Martins (MDB), ex-prefeito da Barra dos Coqueiros, nesse sentido, é uma louvável exceção. Em conversa com AndersonsBlog, Airton defendeu duas obras para a cidade: a duplicação da rodovia que liga a Barra à Pirambu e a construção de um viaduto na rótula da entrada da cidade, que também dá acesso à Atalaia Nova e à SE 100 e, assim, a Santo Amaro, Pirambu, Japaratuba, Pacatuba e todo o litoral norte sergipano. “A Barra não para de crescer. E isso é coisa para daqui a cinco anos já: as pessoas não poderão chegar e nem sair da Barra pois o trânsito vai estrangular”. O ex-prefeito fala com conhecimento de causa, pois administrou a cidade por três mandatos e viveu de perto o boom imobiliário e de investimentos na cidade após a construção da ponte Aju/Barra. “Além de mais uma ponte ligando a Barra e Aracaju, essas duas outras obras são essenciais, pois os investimentos, a construção de condomínios, apartamentos, casas, mostram que as pessoas, cada vez mais, morarão na Barra mesmo que trabalhem em Aracaju ou outras cidades. Em termos de moradia mesmo, temos empreendimento para as classes A, B, C e D. Ou seja: casa vez mais gente morará na Barra”. Do ponto de vista de investimentos públicos, essas três obras, viaduto da rótula, duplicação da SE 100 e nova ponte Aju/Barra, representam muito dinheiro, claro. Mas também representam muita geração de emprego, algo essencial para a retomada da economia no pós-pandemia. Mas o que chama a atenção na visão de Airton Martins é que, em se executando essas obras agora ou no mais breve espaço de tempo, não se cometerá o despautério que é fazer obras para solucionar problemas já vigentes. Ou seja: quando a Barra tiver seus 100 mil habitantes ou mais, as obras, ainda que necessárias, só sairão do papel às custas de muitos transtornos e, seguramente, demorarão ainda mais, pois terão que conviver com o cotidiano da população. Essa antecipação proposta por Airton, portanto, é estratégica e precisa ser levada a sério por todos, mas especialmente pelos moradores de hoje e os que planejam morar no futuro na Barra dos Coqueiros.

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