ALÉM DO DECLARADO – “Um casal, Chorão e Raivosa, anda falando baboseiras para me agredir. Eu não agrido adversário, eu respeito. A resposta a população deu em 2020. Vocês não trabalham e querem me destruir. Mas o povo é maior. E o meu Deus não é igual ao de vocês. Porque Deus não tem raiva, Deus perdoa”, Gilson Andrade, prefeito de Estância (Rio FM, 08/01/22)

Até para fazer jus ao seu estilo, o prefeito reeleito de Estância não declina nomes. Mas, AndersonsBlog, analisando a declaração acima, avalia que Chorão e Raivosa só podem ser o ex-prefeito Ivan Leite (PRB) e a sua esposa, a ex-vice prefeita Adriana Leite (Pode). Mas mesmo sem entrar no mérito das agressões e/ou ataques, teriam eles razões para ter raiva do prefeito Gilson Andrade (PSD)? Na avaliação deste blog, não! E olha que AndersonsBlog fala de cátedra, até por ter secretariado a Comunicação estanciana por um breve, mais muito honroso e produtivo período na primeira gestão de Gilson quando ele, Chorão e Raivosa eram aliados. Mas a turra toda começou em 2018, quando Adriana, candidata a deputada estadual, não venceu, mas teve consideráveis 13012 votos ao todo, sendo 8066 deles na própria Estância, lhe garantindo a liderança no município. Acontece que, fora dos limites municipais, Adriana teve apenas 4946 votos. Só para ficar em um exemplo, o deputado mais votado naquele ano, Talysson de Valmir (PL), também venceu em sua cidade natal, Itabaiana, com expressivos 17220 de um total de 42046 em todo o Estado. Ora, a matemática não vacila: para vencer, Adriana teria que ter tido mais votos fora do que dentro de casa, simples assim! Mas Gilson governava e governa Estância. Teria que ser ele a ir buscar votos para ela? Lógico que não, né? Outras coisas: falta de espaço na gestão também não sustentam essa tal raiva, pois uma secretaria da importância da de Educação era ocupada por nome indicado pelo casal Leite, além de outras indicações. E Gilson, inclusive isso ocorreu durante o período em que AndersonsBlog esteve in loco em Estância, fazia de Adriana a titular na prefeitura em período de férias ou de licenças médica, sem problema algum. Agora, se tem uma coisa que não deve passar fácil na garganta do casal é o fato de que Gilson entende muito da política estanciana. E, nos arranjos para sua reeleição, em 20, identificou que precisaria ampliar o grupo para garantir a vitória. E isso nem Ivan e nem Adriana admitiam, pois insistiram que ela deveria seguir como vice. Gilson confiou no próprio taco, colocou André Graça (PP) como vice, atraiu o apoio do ex-vice Filadelfo Alexandre (MDB), migrou para a base aliada do governo Belivaldo Chagas (PSD) e o resto é história, pois Ivan e Adriana foram apoiar a candidatura de Márcio Souza (PSOL) e o resultado, ou a “resposta do povo”, como diz Gilson Andrade, veio nas urnas: Gilson, 18867 votos e Márcio, 12887 votos. Resumindo: enquanto a oposição agir com o fígado contra Gilson, ele seguirá dando de braçadas. Porque, mesmo que discorde de seu estilo de trabalho, nem mesmo o mais ferrenho opositor é capaz de dizer que Gilson Andrade não trabalha. E, de mais a mais, a raiva, na política e na vida, jamais foi uma boa conselheira. Sem mais!

 

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