De praticamente intocável na política à liderança em constante e crescente questionamento, Gustinho Ribeiro vai ter que se desdobrar para manter seu agrupamento e garantir sua reeleição. Vai vendo

No final dessa postagem a imagem acima, do deputado federal Gustinho Ribeiro (Progressistas) na cidade de Riachão do Dantas, se tornará autoexplicativa, beleza? Então, vamos lá.

O surgimento de Gustinho na política sergipana foi meteórico. De vereador em Lagarto ele saltou para deputado estadual por dois mandatos, se elegeu deputado federal – até aqui sempre com total apoio do saudoso Valmir Monteiro, mas isso é assunto pruma postagem específica, né assim? –, no qual vai em seu segundo mandato também, e já era dada como ‘favas contadas’ a sua intenção de concorrer a senador.

Mas assim como o crescimento dele foi vertiginoso, a queda também parece ser na mesma velocidade e intensidade. E isso pode ser identificado por alguns passos dados por ele ainda neste ano de 24.

Primeiro revés de Gustinho esse ano foi a decisão do governador Fábio Mitidieri (PSD) em escolher apoiar a candidatura de Sérgio Reis, também do PSD, para prefeito de Lagarto.

E em que pese a atitude do governador ser extremamente coerente, visto que estava apoiando um candidato de seu partido, sendo assim uma ação política inteligente de Sérgio que escolheu a melhor agremiação para se filiar e se candidatar, a Gustinho não restaria outra opção se não a de romper com o governo, visto que seria isso o que seu avô e grande liderança política lagartense e sergipana, o saudoso Ribeirinho, faria na mesma situação.

Mas Gustinho seguiu governista e o resultado veio à galope. Sim, porque Sérgio venceu Rafaela Ribeiro, também do Republicanos, e é o prefeito eleito de Lagarto.

E isso pode vir a causar uma tremenda disputa interna no grupo de Gustinho visto que, em caso de vitória, a esposa dele, Hilda Ribeiro, atual prefeita de Lagarto, poderia vir a ser candidata a uma cadeira na Alese, cujo mandato é hoje ocupado pela mãe de Gustinho, a deputada Áurea Ribeiro – mandato esse legítimo e que garante a ela a busca da reeleição, né isso?

Acontece que como Rafaela é sobrinha de Gustinho e neta de Áurea, caso a atual deputada decida por não concorrer à reeleição, qual seria a garantia de que ela abriria espaço para a nora e não para a neta?

E aí chegamos ao pós-eleição em Lagarto, com o agrupamento de Gustinho tendo feito a maioria dos vereadores e eles mesmos, nesse momento, já demonstrando grande desentendimento interno, pois quase todos querem presidir a Câmara lagartense e não abrem mão do apoio de Gustinho. Acontece que a vaga de presidente é uma só, né isso?

E, por fim, o problema mais grave para o deputado federal: ao menos até esse momento, o final da gestão de Hilda mais parece um ‘fim de feira’. E nem mesmo a manutenção de contratados para serviços essenciais está sendo respeitada.

Caso a gestão de Hilda gere um colapso nos serviços público lagartenses, além da reponsabilidade cível – ou até mesmo criminal, caso o Ministério Público assim o entenda – da prefeita, ficará mais do que claro que a responsabilidade política sobre um possível caos em Lagarto será mesmo de Gustinho que, ao final e ao cabo, sempre conduziu com ‘mãos de ferro’ o seu agrupamento e sempre foi a palavra final em todas as decisões.

Como se vê, a imagem acima não é uma mera coincidência. A verdade é que para, inclusive, garantir a sua própria reeleição, a quantidade de abacaxis que Gustinho Ribeiro terá que descascar será imensa. E pode anotar tudo isso aí, leitor e leitora!

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