Kitty Lima acerta na forma, mas erra no conteúdo ao comparar a paciência com Emília Corrêa e a paciência com a empresa Iguá. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa!

O bom programa comandado por Luiz Carlos Focca na TV Atalaia – e se você, leitor e leitora, ainda não assistiu, assista! Se chama Atalaia Mais, vai ao ar de segunda a sexta às 14:55h e vale a pena, viu? – teve como entrevistada a deputada estadual Kitty Lima (Cidadania).

E, como Sergipe sabe, Kitty tem total legitimidade em sua atuação parlamentar por conta de ser uma defensora real e efetiva da causa animal. E, para além disso, Kitty é uma pessoa voluntariosa para quem não tem ‘tempo ruim’ em momento algum e nem acerca de nenhum tema! Ela é, sim, uma personificação muito legal do que a participação das mulheres na política representa: inclusão, participação e equilíbrio de gênero, ora pois!

E é justamente pela legitimidade dela no exercício de seu mandato que este AnderSonsBlog a criticará em um tema específico de forma direta, sem as terríveis escamoteações que tanto – infelizmente – são vistas por aí: quando defende a mesma medida de paciência entre o que se aguarda da empresa Iguá, que ‘comprou’ por mais de R$ 4 bilhões a distribuição da água e a coleta de esgoto da Deso e, claro, a cobrança da conta mensal de casa em casa por todo o Sergipe, e o que se espera da gestão da prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PL), que assumiu a prefeitura em 1º de janeiro desse ano, Kitty até que acertou na forma, mas errou no conteúdo!

E, antes de mais nada, esclareça-se que Kitty Lima, ascendida ao parlamento sergipano por ser a 1ª suplente do Cidadania, já que o então deputado Samuel Carvalho, do mesmo Cidadania, foi eleito prefeito de Socorro na mesma eleição que elegeu Emília em Aracaju no ano passado, a deputada retornou à Alese para exercer seu segundo mandato na casa já com uma deferência maravilhosa: o governador Fábio Mitidieri (PSD) a incumbiu de ser a vice-líder do seu governo na casa. E o ‘maravilhosa’ da deferência acima se dá pelo fato de uma mulher ocupar uma função de tamanha relevância. E isso é massa!

Só que a ‘cobrança’ de equidade na paciência entre a Iguá e Emília, dirigida a um dos nomes mais proeminentes da oposição sergipana, o deputado Georgeo Passos, do mesmíssimo Cidadania, pode ter tido uma forma até interessante, já que ambos, Emília e Iguá, começaram as suas funções muito recentemente.

Mas é no conteúdo que a coisa se complica: a Iguá pagou uma fábula ao governo estadual pela Deso com vistas a… lucrar! E lucrar muito! Imagina só se alguma empresa pagaria mais de R$ 4 bilhões pra ser ‘boazinha’? Claro que não!

Já Emília foi eleita pelo voto popular para… mudar a gestão e as prioridades! E aí não cabe uma comparação dessas e muito menos pedir que as paciências sejam as mesmas e ponto!

E é preciso deixar claro: a paciência com Emília não será eterna de jeito nenhum, pois ela terá os quatro anos de seu mandato pra atender as expectativas da população, né assim?

Agora, a paciência com a Iguá precisa ser a última das referências em relação à empresa já que ela tem 30 anos!, isso mesmo: 30 anos de concessão!

Ou seja: a paciência com Emília é justificável, por óbvio! Ou ela acerta ou o povo a manda de volta pra casa!

Já a paciência com a Iguá, uma empresa que já começou a receber mês a mês, casa a casa, conta a conta, o rico dinheirinho do povo sergipano – e isso pelos próximos 30 obrigatórios e contratuais anos –, ora bolas, essa tal paciência, leitor e leitora, não pode, não deve e jamais será justificável sob nenhuma hipótese! É isso e cabô!

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