Nem Jackson Barreto merecia o triste destino que lhe foi entregue por uma gestão desastrosa do MDB sergipano

Bem, mas espera aí! Porque “nem”? Simples: político de longevidade comprovada, o ex-governador Jackson Barreto, ainda nos quadros do MDB, teve momentos brilhantes em sua trajetória, especialmente quando esteve no Legislativo, seja como vereador, seja como deputado federal, e momentos absolutamente vexatórios, como quando ocupou a prefeitura de Aracaju e o governo estadual, de onde saiu com a marca de “pior governador da história” – “honraria” que o atual mandatário estadual, Belivaldo Chagas (PSD), luta firmemente para tomar de JB, né não? Mas, em que pesem os altos e baixos de sua trajetória em cargos eletivos, ninguém pode tomar de Jackson o histórico de democrata, de lutador pelos direitos civis, pelas liberdades constitucionais. Acontece que, com a aparente tomada em definitivo do MDB por parte do senador Rogério Carvalho (PT), visando engrossar as fileiras partidárias da pré ao governo dele, JB estará a deriva nas próximas eleições, a não ser que aceite ser candidato ao que Rogério mandar, provavelmente a deputado federal e olhe lá! E seria Rogério o vilão nessa quase ocaso político de JB? Na-na-ni-na-não! O pré ao governo petista só está fazendo o que sempre fez, sendo agressivo para conquistar seus objetivos. O toco que Jackson tomou veio de outro lugar! Veio dos irmãos Reis, o deputado federal Fábio e o até a bem pouco tempo presidente do MDB em Sergipe, Sérgio. É que os dois, umbiguistas que só eles, deixaram a tradicional sigla às traças nos últimos anos, preferindo focar na reeleição de Fábio e, agora, na eleição de Sérgio – que deu um toco até na tia, Goretti, e sairá pré a deputado estadual – e, com isso, migraram aos 49 do segundo tempo para o governista PSD. JB, confiando na nacional do partido, seguiu no MDB para tentar vaga de senador e deu com os burros n’água. Agora, com o MDB praticamente sacramentado como partido aliado dos petistas em Sergipe, Jackson Barreto corre o risco de participar das eleições de casa, assistindo a tudo e não mandando em nada. É um triste momento, mas Jackson, pelo conjunto de sua obra, com seus erros e acerto, não merecia isso! Não mesmo!

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