Reunião governista: decisão final sobre o nome escolhido para concorrer à sucessão de Belivaldo pode não sair hoje

Nessa reunião governista para definição do nome do candidato da base à sucessão do governador Belivaldo Chagas (PSD) tudo pode acontecer. Inclusive nada. Explica-se: lógico que a ansiedade é real, praticamente palpável, da parte dos maiores interessados, leia-se prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), deputado Fábio Mitidieri (PSD), deputado Laércio Oliveira (PP) e conselheiro Ulisses Andrade (TCE) – observe, leitor e leitora, que os nomes estão dispostos por ordem alfabética, pra não ter nenhuma apologia a este ou àquele nome, ok? Mas, para além do zum-zum-zum que emana do vespeiro que deve ser essa reunião desta segunda, 14 – sim, porque sempre alguém vai sair chateado no caso de seu nome ser preterido –, há um componente decisivo para que o nome do escolhido não saia, em consenso, após os debates, as xícaras de café e os copos d’água que devem ser consumidos em profusão. É que, por incrível que pareça, a oposição em Sergipe – exclua-se daí, ao menos por enquanto, o pré a governador, senador Rogério Carvalho (PT), que ainda não se firmou como nome oposicionista de fato e de direito – começa a dar sinais de que aproveitará a indecisão governista para encarar o pleito desse ano mais firme do que nunca – ou, pelo menos, mais firme do que na história recente da política sergipana. Observemos: a mudança do senador Alessandro Vieira do Cidadania para, ao que tudo indica, o PSDB não parece ter sido feita às escuras. Portanto, o ex-senador Eduardo Amorim deve ter sido avisado e, quem sabe até, participado das tratativas. Em isso tendo ocorrido, somemos a esses dois o nome do ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho (PL), que tem intensificado suas conversas com os mais variados quadros da política sergipana, mas com especial atenção voltada justamente para nomes da oposição, como a vereadora Emília Correia (Patriotas) e a delegada Danielle Garcia (Podemos). Dessa forma, o jogo pode virar na hora dos governistas escolherem o nome de consenso: se antes a oposição estava mais desbaratada do que nunca e a eleição poderia ser decidida por W.O., com os últimos movimentos oposicionistas é possível que os governistas esperem um pouco mais para o anúncio daquele que encabeçará o processo sucessório da parte deles. É um jogo de xadrez danado! E, como se sabe, uma jogada errada agora pode resultar num xeque-mate mais adiante. Portanto, o nome governista pode sair hoje, pode sair amanhã, semana que vem e por aí vai…

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