Romance Tabu, do sergipano Matheus Batalha, vai ser lançado no próximo dia 26 e merece toda a atenção por ser inspirado na história da fundadora do Lar de Zizi

Anos 1960, ditadura militar em sua fase mais pesada, dois irmãos antagonizando e um doutor em psicologia sergipano analisando tudo isso em um romance? É ou não um chamariz e tanto?

Pois é, tudo isso aí procede e no dia 26, à partir das 17h, na Academia Sergipana de Letras, o psicólogo e prifessor Matheus Batalha lança o seu primeiro romance: Tabu.

O release enviado à casa aqui pela assessoria do autor já enche os olhos a partir da análise do próprio autor sobre a sua obra: “ficção inspirada na história real de minha tia-avó, fundadora de um orfanato conhecido hoje como Lar de Zizi, o livro propõe uma reflexão sobre heranças familiares, autoritarismo e o papel da cultura na superação de traumas históricos. Com uma narrativa acessível e ambientada no contexto da ditadura militar, a obra convida o leitor a pensar sobre os efeitos do patriarcado e os desafios de romper com estruturas opressoras ainda presentes na sociedade brasileira”, diz Matheus Batalha.

A obra foi realizada através da sua habilitação dentro da Lei Paulo Gustavo e foi editada pela Editora Tome Aí Um Poema (TAUP). Vale destacar que o livro mistura drama familiar, crítica social e temas como afeto, poder e resistência. E que além do lançamento oficial na Academia Sergipana de Letras, no próximo dia 30, às 14h, o autor fará uma rodada de autógrafos durante o Encontro Regional das Licenciaturas e da Educação Básica no campus Itabaiana da Universidade Federal de Sergipe.

O livro

Com pano de fundo no sertão sergipano dos anos 1960, o livro Tabu aborda os dilemas sociais e psicológicos de Nina e Antônio, dois irmãos marcados por traumas, afetos e embates com as normas rígidas de uma sociedade conservadora e de uma educação autoritária. Após ser abandonada no altar, Nina rompe com os padrões da época e decide acolher crianças em situação de vulnerabilidade, criando uma escola em plena ditadura militar. A iniciativa transforma não só sua vida, mas também a do irmão Antônio, um advogado rígido que, diante da morte de Nina, precisa rever seus valores e preconceitos. Ao lado da dor e da esperança, a história revela como o afeto e a resistência podem romper com ciclos de opressão — e até transformar quem parecia irredutível.

O autor

Graduado em Psicologia pela Universidade Tiradentes, é mestre e doutor em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia, e foi pesquisador visitante no Departamento de Literatura da Harvard University, nos Estados Unidos, onde desenvolveu pesquisas financiadas pela Fapitec e pelo David Rockefeller Center for Latin American Studies (DRCLAS/Harvard) com enfoque em literatura. Seu primeiro livro no campo da literatura, intitulado “Educação Pelo Mundo: vida em crônicas”, foi publicado pela Edise e reuniu suas 50 primeiras crônicas pautadas em literatura, política e educação publicadas no Jornal da Cidade, em que até hoje publica novos textos com este cunho mensalmente. Foi a partir deste primeiro livro que levou o escritor Matheus Batalha a lançar candidatura para pesquisador visitante em Harvard. Seu prefácio é assinado pela professora Doris Sommer, que ocupa uma das cátedras de literatura nesta universidade. O autor também escreveu outros livros em colaboração acadêmica, com pesquisadores do Brasil e de outros países, bem como artigos e ensaios para periódicos de educação e literatura com destaque internacional.

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