Sergipana Mangue Jornalismo foi premiada pelo Instituto Não Aceito Corrupção por reportagem na qual, infelizmente, a velha Lagarto de Gustinho e Hilda Ribeiro foi destaque negativo

Na segunda, 16, a Mangue Jornalismo, um belo coletivo que reúne jornalistas independentes para a produção de reportagens também efetivamente independentes, foi premiada no 5º Prêmio INAC de Integridade.

A terceira colocação recebida no Teatro Municipal de São Paulo, com transmissão pelo YouTube da TV Cultura – tá por lá disponível – alçou a Mangue a um patamar diferenciado e desejável, comprovando que Jornalismo Independente pode e deve ser feito sempre, mesmo com as dificuldades que o cercam.

E para chegar a esse reconhecimento pelo Instituto Não Aceito Corrupção (INAC), a repórter Ana Paula Rocha de Souza, com co-autoria de Cristian Góes, editor da Mangue, se debruçou nas transferências especiais de recursos federais, nas chamadas ‘Emendas Pix’. A reportagem agraciada com a premiação foi Municípios de Sergipe receberam mais de R$ 133 milhões via Emenda Pix de deputados federais e senadores (leia AQUI).

Vale a pena ler a íntegra da reportagem premiada pois nela se percebe claramente que a falta de transparência é um dos maiores problemas da administração pública, além, é claro, de se poder conferir a qualidade da produção jornalística da Mangue – certeza que quem ler vai passar a acompanhar esse site fundamental para o nosso jornalismo!

Agora, para este AnderSonsBlog, um ponto específico da reportagem causou um incômodo gigantesco: é que a nossa querida terra natal, Lagarto, mais uma vez, de novo e novamente se vê exposta de forma vexatória nacionalmente a partir de ações do deputado federal Gustinho Ribeiro (Republicanos) e da ex-prefeita Hilda Ribeiro, do mesmo partido.

Veja só, leitor e leitora, o que o talento da equipe da Mangue Jornalismo em apurar e se aprofundar em informações conseguiu descobrir: entre 20 e 22, nessa modalidade de repasses sem transparência e sem planos e nem registros no que se planeja investir, Gustinho repassou para a gestão de Hilda, sua esposa, uma soma total de cerca de R$ 11,4 milhões!

E o incômodo da casa aqui se amplifica pelo fato desse valor ser, obviamente, milionário e se somar aos valores também milionários dos recursos da concessão/venda da Deso, cerca de R$ 55 milhões, terem sido usados sem que a devida transparência permitisse que a população saiba porque, desse montante, ficaram em conta cerca de R$ 17 milhões, isso também na gestão de Hilda. E, pra lembrar, esses casos se somam a presidência de Gustinho Ribeiro na CPI das Americanas, que investigou um rombo de R$ 40 bilhões – BILHÕES – não ter chegado a nenhum culpado!

Lógico que o caso das Emendas Pix não se restringem a Lagarto. Mas é por demais vergonhoso para Lagarto que um parlamentar federal, Gustinho, tenha mandado tantos recursos pra gestão da esposa e prefeita, Hilda, e que não tenha havido um mínimo de transparência, conforme identificou a competente reportagem da Mangue Jornalismo. É isso e isso é osso, viu?

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