Valadares e as críticas radiofônicas constantes a figuras importantes do PSB: não estaria na hora de pensar no melhor para o futuro do partido, não?

O “ex-praticamente tudo” em Sergipe, Antônio Carlos Valadares, é uma figura ímpar da política sergipana. Prova disso é que apenas em seu último cargo, o de senador, Valadares passou nada menos do que 24 anos representando Sergipe em Brasília sem nenhuma mácula. E isso é coisa raríssima na política, ainda mais nos atuais tempos.

Mas o fato de ser uma referência na política do Estado não o torna um intocável, um incriticável, não! Aliás, muito pelo contrário: sua grandeza histórica praticamente o obriga a ter a mesma grandeza ao aceitar críticas e diferenças de posicionamento político, ora pois!

E é aqui que entra essa reflexão de AnderSonsBlog. Valadares, atualmente, comanda o programa Domingo Bom, na Tropical FM de Simão Dias. Até aqui, nada a questionar. Diria mesmo que, até aqui, muito a elogiar: o ex-senador tem experiência, vivência, fluência e um texto irretocável. Portanto, a atração radiofônica é bem boa e merece ser acompanhada.

Acontece que, nas últimas edições, especialmente após as eleições de 22, na qual Valadares não teve êxito na busca de uma vaga na Alese, o ex-senador tem descascado pra cima de duas importantes figura do PSB, justamente o partido que ele ajudou a crescer e a se firmar como um dos grandes de Sergipe.

As figuras em questão são Cristiano Viana, prefeito de Simão Dias, e Toinho de Dorinha, ex-prefeito de Poço Verde. Ora, ora: ambos são do PSB mas, por compromissos anteriores e diversos, não votaram em Valadares para deputado estadual.

Mas os dois fizeram campanha e ajudaram a posicionar Valadares Filho numa muito honrosa segunda colocação na disputa pelo Senado. E é justamente essa boa votação que acaba garantindo à Valadares Filho uma ótima circulação em Brasília neste momento.

Assim, ao criticar essas lideranças do PSB, Valadares somente passa um ranço de que não perdoa os dois por não terem votado nele. E isso é pequeno demais, mofino demais justamente para a grandeza da história de Valadares.

E aqui não se trata de conselho, não! Mas de uma constatação: Valadares, se seguir detonando companheiros de partido, corre o risco de vê-los, obviamente, se tornarem ex-companheiros.

E o PSB, incluso seu presidente estadual, Valadares Filho, só tem a perder com um prefeito e um ex de duas importantes cidades de saco cheio de serem alvo dominical para a prática de “tiro aos desafetos eleitorais” de Valadares. Simples assim! Cruel assim!