Para analisar a possibilidade, real, do prefeito reeleito de Boquim, Eraldo de Cabeça Dantas (PP), ser candidato a uma vaga na Alese no ano que vem, não é demais lembrar que o município que ele governa já teve fortíssima presença no Legislativo estadual e até no nacional. Aliás, Boquim chegou a ter, ao mesmo tempo, dois deputados estaduais numa mesma legislatura: Venâncio Fonseca e Nego da Farmácia (cuja vida foi barbaramente ceifada, mas isso é tema para uma outra postagem). Assim, a presença de Eraldo numa eventual disputa poderia ser responsável pela retomada do protagonismo natural da cidade, encravada numa região citrícola e, justamente por isso, naturalmente merecedora de possuir representantes na política estadual, visto que tão importante segmento econômico precisa mesmo de representantes que o defendam. Para vir a buscar esse espaço, Eraldo conta a seu favor com um município com boa densidade eleitoral. Só em 2020 foram 16825 votos válidos, com 54,97% deles, ou 8804 votos nominais, sendo dados ao próprio Eraldo. Uma base considerável que pode – e até mesmo deve – se ampliar caso o prefeito decida por uma candidatura a deputado no ano que vem. Concorre a seu favor o fato de seu vice, Chicão (PT), estar no cargo pela segunda vez também, numa prova de fidelidade e parceria que não imporia quaisquer dificuldades no caso de Eraldo de Cabeça Dantas tentar uma cadeira na Alese.