Desde a semana passada que AndersonsBlog vem percebendo, ainda que de forma discreta, uma certa má vontade com as movimentações, legítimas de partidos que querem ocupar espaço nas disputas eleitorais de 22. Começou com críticas a postura do PC do B em anunciar, através de seu presidente estadual, Edival Góes, o apoio ao nome do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), como preferencial da sigla para uma possível pré-candidatura ao governo pela base governista. E prosseguiu com um certo torcer de bico para o anúncio do presidente interino do MDB em Sergipe, Sérgio Reis, declarando a predileção pelo nome do deputado federal Fábio Mitidieri (PSD) para a mesma indicação, no mesmíssimo agrupamento. Ora, pera lá! Para o PC do B, partido em que Edvaldo militou mais de três décadas e do qual saiu em paz, por conta de questões como a cláusula de barreira, estranho mesmo seria apontar outro nome que não o dele. Já no MDB, Sérgio já tinha dito sua preferência por Fábio há tempos, reforçada por declarações do também deputado federal Fábio Reis, seu irmão, no mesmo sentido. Mas aqueles que querem tirar uma onda sobre essas declarações aludem ao momento delicado, que antecede o julgamento do governador Belivaldo Chagas (PSD) pelo TSE nesta terça, 9, como impróprio para tais declarações de apoio. Ok, AndersonsBlog até concorda que os próprios, Edvaldo e Fábio, não devem se manifestar – e eles, nesses dois casos, realmente não se manifestaram. Agora, tentar tolher o direito democrático de siglas partidárias buscarem se posicionar quanto ao próximo pleito, aí já é demais, né não? E outra: as movimentações partidárias se deram as claras, publicamente, sem nada a esconder e sem serem agressivas entre si. Será que o mimimi sobre as posturas do PCdoB e do MDB sergipanos não seria muito mais uma cortina de fumaça para desviar as atenções das operações que gente graúda, que se diz aliada, anda a realizar nos subterrâneos brasilienses? É um caso a se pensar, viu?

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