Não é desconhecido por ninguém que, de alguma forma, atua na área política, que as eleições proporcionais desse ano, deputados federal e estadual, serão duríssimas. Sem coligações, assim como aconteceu nas últimas proporcionais, as de vereador em 20, seguramente 22 será sucesso eleitoral para quem melhor montar a chapa proporcional. E fica muito claro que, agora, não se trata de chapinha ou de chapão. A ideia é aglutinar num mesmo partido gente que, para mais ou para menos, tenha algo essencial num processo eleitoral: voto! Até aqui, tudo bem! Mas um encontro recentíssimo, ocorrido nesta quinta, 6, dá sinais de que tem gente enxergando uma outra característica como essencial na montagem dessas tais chapas. Reunindo Thiago de Joaldo – ex-secretário de Ação Social e Administração, na gestão do saudoso Joaldo da Laranjeira, além de secretário de Educação até a gestão passada de seu irmão, Danilo de Joaldo (DEM), atual prefeito de Itabaianinha –, Ivan Leite – empresário, ex-secretário de Estado, ex-deputado federal e prefeito de Estância por duas vezes – e José Carlos Machado – ex-secretário de Estado, ex-vice prefeito de Aracaju, deputado estadual e federal inúmeras vezes –, esse encontro teve como pauta principal a intenção dos três participantes em buscar uma vaga na Câmara dos Deputados nesse ano. Mas, para além de partidos, os três emendaram os bigodes numa outra coisa: aquela história de que o fio de um bigode assina documento, que a palavra dada e empenhada não volta atrás. Thiago de Joaldo foi esclarecedor ao falar com AndersonsBlog: “o importante é a unidade dos três. Aonde um for, os outros vão juntos. A gente está tentando fugir é dessa falta de compromisso com a palavra empenhada. Vem um grupo formado hoje, amanhã se desfaz e o que a gente está buscando um no outro é dar uma cara de verdade, buscando quem tenha o interesse de formar o compromisso com esses mesmos objetivos nossos”. Thiago é o mais jovem dos três e por isso mesmo que a maturidade de suas palavras merece ser ressaltada. Ivan e Machado, pela experiência que possuem, seguramente endossam essas afirmações. E, ao final e ao cabo, um termo se destaca: palavra empenhada. Isso é algo tão raro, mas tão raro na política atual que, quem a tiver e a exercer, como parece ser a intenção desse pequeno, mas afinado grupo que se inicia, pode ter um sucesso eleitoral que acabe surpreendendo muita gente que só enxerga eleições sob as sombras dos cifrões, né isso?