Defender e trabalhar por uma causa é uma forma de afirmação. Mas isso funciona ainda mais quando se acredita no que se defende e pelo que se trabalha. Quando é assim, não apenas a causa ganha em importância, mas quem a defende também cresce e se destaca. E isso é bom, pois pode motivar mais e mais pessoas a se empenharem naquilo em que acreditam. Eis, então, o caso do presidente da Fames, Christiano Cavalcante. Ex-prefeito por dois mandatos da pequena Ilha das Flores, impossível que Christiano não tenha, ao longo do tempo, desenvolvido a percepção de uma realidade objetiva: na hora do vamos ver, a corda arrebenta mesmo é nos municípios. Em Ilha não seria diferente e, pior, agravado pelo fato do município ter pouquíssimas fontes de recursos próprios. Ainda durante o seu segundo mandato, Christiano assumiu a presidência da Fames e nela segue, também reeleito. Assim, para ele levantar a bandeira da municipalidade é um passo! E tem mais um ponto: Christiano é esposo da prefeita de Capela, Silvany Mamlak (PSC), o que só reforça sua visão e conhecimento do quão sofridas são as coisas no âmbito municipal. Então, ao ver dois eventos na semana passada ocorrendo em Aracaju, realizados pelas Fames, sendo um voltado para a aplicação dos recursos do Fundeb e o outro, em que AndersonsBlog esteve presente, voltado para o esclarecimento da nova forma de financiamento da Atenção Básica à Saúde por parte do Governo Federal – que foi realizado em parceria com a Confederação Nacional dos Municípios e teve palestra fundamental do consultor em Saúde Pública da entidade, Denilson Magalhães –, fica claro que quando Christiano fala em municipalismo é com conhecimento de causa, sendo importante ressaltar que os prefeitos sergipanos não podem se dar ao luxo de perder esses tipos de eventos sob pena de ficarem a ver navios mais à frente e, com isso, prejudicar a população. Mas com essas ações Christiano Cavalcante se credencia para as próximas eleições?, pode questionar alguém mais cético. É verdade! Mas qual o mal de se ganhar destaque quando se está trabalhando no que se acredita e que tem importância e resolutividade para o coletivo? Nem precisa desenhar, né?