Não se trata de especulação, como está ocorrendo geral nas mídias, das tradicionais às internéticas. Se trata de um fato: o governador Belivaldo Chagas (PSD) disse que a escolha da vaga de vice na chapa governista encabeçada pelo deputado federal Fábio Mitidieri, também PSD, será do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT). Isso em viva voz, durante entrevista a SIM FM, de Carmópolis, ao radialista George Magalhães. E foi taxativo: “Edvaldo só não escolhe o vice se não quiser!” Mas, pera lá: o mesmíssimo Edvaldo foi preterido, em detrimento do nome do também mesmíssimo Fábio, por decisão colegiada dos líderes governistas. E agora esses mesmos líderes não serão ouvidos sobre tão importante decisão como é o nome de quem seria, eventualmente, o número dois na sucessão estadual? Acaba que fica parecendo um prêmio de consolação para Edvaldo, tipo uma forma de amarrar o prefeito de Aracaju ao projeto governista. Edvaldo, que de besta não tem nem o caminhado, deve estar com a pulga atrás da orelha, pois pra ver seu nome ser descartado, teve que passar pelo crivo dos tais líderes, 12 ao todo. Agora, pra que não haja a possibilidade dele desgarrar, essa dúzia de lideranças não será nem minimamente ouvida pra definição do nome a vice. E voltarão a ser ouvidos na escolha do nome que disputará o Senado? Ora, ora, se é pra consolar, melhor entregar as duas decisões, vice e senador, pra Edvaldo. Seria uma forma mais digna de reconhecer a importância do prefeito da capital, obviamente mais bem avaliado que o atual pré ao governo quando da decisão do cabeça de chapa, do que lhe oferecer “apenas” a decisão sobre o vice. Apesar dos pesares, vice segue sendo um adendo, um coadjuvante de luxo. E se a ideia governista é dar moral pra Edvaldo, um vice só é muito pouco, né não?