Frisson é uma palavra francesa que, no bom e velho português, quer dizer excitação, euforia, manifestação entusiástica e por aí vai. E frisson foi o que se ouviu ao menos umas quatro vezes – pelo menos no que pode acompanhar este AnderSonsBlog – em que o nome do ex-governador Belivaldo Chagas foi citado em evento do PSD que, ao final e ao cabo, foi realizado para que o mesmo Belivaldo assumisse a presidência estadual do partido.
Na realidade, o encontro do PSD em Aracaju, ocorrido na última sexta, 24, teve como pano de fundo a discussão de diretrizes partidárias no âmbito nacional, com especial destaque para a reforma tributária que vem aí.
Por isso que a presença de deputados federais, ministros da sigla e, principalmente, do seu presidente nacional, Gilberto Kassab, desaguaram na posse de Belivaldo no comando estadual.
E o ex-governador não se fez de rogado. Disse que o partido está bem organizado, com o maior número de prefeitos, garantiu a AnderSonsBlog que irá fazer um périplo pelo Estado para que o PSD participe ativamente das eleições municipais em todos os municípios sergipanos, na cabeça de chapa, na composição como como vice, nas disputas pelas vereanças, enfim, com protagonismo.
Ato contínuo, e voltando ao ato em si da assunção à presidência, a presença dos nomes pessedistas que se somaram a deputados estaduais da agremiação, ao próprio governador Fábio Mitidieri e ainda ao senador Laércio Oliveira (Progressistas) e ao prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT), só contribuiu para o tal frisson a cada citação do nome de Belivaldo.
Questionado por AnderSonsBlog sobre isso, Belivaldo foi simples: “tem muitos amigos meus aqui”. Mas e alguém já viu ato público com inimigos? Quanto estes ocorrem, o que surge são vaias. E não foi esse o caso, ora pois!
Mas e qual é o resumo da ópera? É que Belivaldo Chagas está, como ele mesmo disse, no “banco de reservas”, mas está devidamente uniformizado e calçado em suas chuteiras.
Se ele vai entrar diretamente no jogo da sucessão aracajuana nas Eleições 24, aí é preciso que a partida comece – ou que se afunilem as discussões em torno de um nome único. Mas é fato que os nomes governistas, ao menos até aqui, na “disputa pela disputa” ainda são muitos. Como é bem mais fácil se alcançar uma unanimidade com o governo na mão, não se pode descartar o nome de Belivaldo de maneira alguma.
Agora, o que resta provado após o ato da última sexta é bem visível: o PSD quer entrar na partida sucessória de forma altiva. Se não encabeçar a chapa na disputa por Aracaju, no mínimo apresentará um nome para vice. No mínimo, viu?
E Belivaldo, até por experiência – duas vezes vice-governador, com o saudoso Deda e com Jackson Barreto –, pode tanto ser esse “coringa” na mão como, casos as cordas se estiquem, sair da condição de reserva para a de titular absoluto! O que não dá é para duvidar, né não? E segue o jogo!