Engraçado demais que o ex-deputado federal e presidente estadual do União Brasil (UB), André Moura, tenha interpelado este AnderSonsBlog perguntando se o titular estava “doidão” ao afirmar que havia uma possibilidade da viagem da deputada Yandra Moura, justamente do UB, à China ter sido uma decisão estratégica, isso durante evento na Codevasf. Vai vendo!
Engraçado primeiro porque, ao manifestar sua discordância de opinião de maneira tão efusiva e galhofeira, André acabou foi confirmando que as impressões da casa aqui estavam corretas em relação à viagem da filha dele: sim, foi uma decisão estratégica que calhou muito bem com o convite para a viagem.
Mas foi mais engraçado ainda pelo desenrolar dos fatos, estes sim incontestáveis, não se tratando apenas de possibilidades: Yandra, que acabou de retornar de uma viagem de 23 horas, teve seu nome indicado pelo UB para ocupar uma vaga ministerial que cabe ao partido, com reais possibilidades de vir a ocupar o ministério do Turismo.
Claro que a missão não será nada fácil para o comando nacional do UB, visto que os petistas poderão vir a montar barricadas contra o nome de Yandra apenas pelo fato dela ser filha de André – até porque jamais vetariam o nome dela por incapacidade diante do belo desempenho parlamentar que ela vem demonstrando, correto?
E porque a cisma com André? Ora, por ele ter sido frente na gestão de Michel Temer, o breve, na presidência. Mas aí é que está um grande vacilo, caso se confirme, desse possível torcer de bico dos “companheiros” em relação à Yandra.
Num governo chamado de “golpista” pelos mesmos petistas, André Moura foi figura de destaque na articulação política em um Congresso atordoado com um impeachment presidencial, no caso de Dilma Rouseff, e só não fez chover em Brasília – até porque a chuva em Brasília é algo complexo por natureza, se não André teria feito, sim!
E aí vemos uma administração federal que, invariavelmente, precisa lançar mão de um bombeiro de “luxo”, nesse caso o próprio presidente Lula (PT), para apagar incêndios em votações importantes no Congresso.
É como se diz: “quem a boca do meu filho beija, a minha adoça”. E quem conhece André Moura sabe o seu apego e respeito à família – por isso mesmo o chiste pra cima de AnderSonsBlog em relação a viagem da filha, né não? – e sabe que, caso venha a ver Yandra como ministra, sua capacidade de interlocução e negociação em Brasília, hoje funcionando como mão de obra para o governo do Rio de Janeiro, seria automaticamente lançada para defender e proteger também o governo de Lula na Câmara e no Senado sem a menor cerimônia, disso ninguém tenha nenhuma dúvida.
Mas e quanto aos imbróglios no STF de André?, poderia questionar alguém mais resistente ao nome de Yandra. Primeiro que não se pode colocar nada na conta da deputada, ok? E segundo que se o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressista) também os tinha – seu caso foi arquivado esta semana –, e nem por isso deixou de se tornar um dos nomes mais fortes da República, porque o mesmo não poderia acontecer com André Moura?
Sem querer exagerar no bairrismo sergipano, uma eventual ascensão de Yandra Moura a um ministério seria uma prova inconteste de que Sergipe segue fornecendo grandes nomes à política nacional, claro!
Mas, acima de tudo, seria uma forma do Governo Federal contar com apoio para uma articulação muitíssimo qualificada, especialmente junto ao Centrão, de alguém como André Moura que, comprovadamente, conhece como poucos como é que funciona Brasília. Simples assim!
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