Quando este AnderSonsBlog começou a tratar da questão dos ataques da Aseopp, através de seu presidente, Luciano Barreto, popularmente conhecido como Luciano da Celi, contra as Associações Pró-Construção, a ideia sempre foi e segue mantida num ponto bem específico: a garantia de uma sociedade livre em que cada pessoa possa decidir como construir seu imóvel ou investir seu dinheiro. Simples demais isso!
Por essa mesma razão que a casa aqui, defensora inarredável da liberdade de opinião, sempre sustentou que os ataques referidos eram desproporcionais, desnecessários e desarrazoados, uma vez que a Aseopp, por representar grandes construtoras, parecia ignorar que também grandes construtoras, a exemplo da pernambucana Moura Dubeux, constroem dentro do modelo associativo tão atacado por Luciano da Celi.
Mas é claro que o próprio Luciano também tem o direito de emitir a opinião dele. E, graças a Deus, veículos de imprensa existem para abrir espaço para Luciano da Celi, assim como devem ouvir a outra parte, no caso as próprias Associações Pró-Construção.
Mas o grande barato, a grande magia de vivermos numa democracia é justamente o fato de que quando há indícios de excessos, há sempre aonde buscar uma mediação. A isso se dá o nome de Estado Democrático de Direito. E isso é muito importante!
Assim, as empresas que prestam assessoria às Associações Pró-Construção, Essenza, Condominial e Nunes, através de seus representantes, entraram com Interpelação Judicial Criminal contra Luciano da Aseopp na 9ª Vara Criminal de Aracaju. E esta foi devidamente acatada por decisão judicial substanciada por parecer do Ministério Público!
Agora, Luciano terá que, entre outras coisas, esclarecer a razão de se referir às associações e as empresas de assessoria com termos como “contrabandistas” em entrevistas concedidas a diferentes veículos de comunicação em Aracaju.
São por essas e outras que muita gente qualificada se refere a democracia como “o pior modelo de governo, excluídos todos os outros”.
Sim, porque só numa democracia é que o poder econômico, por mais forte que seja, pode ser interpelado; só numa democracia é que uma pessoa, por mais poderosa que seja, também tem que responder por seus atos e falas; e só numa democracia é que a gente, leitor e leitora, pode levantar esse tipo de debate sem medos e sem amarras.
E que siga o baile!
2 Comentários
Maria Elza leite Rollemberg
Parabéns . Entendo que as associações vieram para nós dar um chance de livrar o cidadão da eterna escravidão que traz o sistema de financiamento imobiliario.
Rejane
Viva a Democracia!