O mundo é uma roda gigante! A prova viva disso é o presidente da Câmara de Riachão do Dantas, Berinho do Mercadinho (PSD), que em 22 pintou e bordou atrasando e engavetando a pauta de votações a ponto de, naquela época, colocar em risco o salário e o 13º do funcionalismo público riachãoense.
E tudo isso por conta de uma queda de braço que ele possuía com a prefeita Simone de Dona Raimunda (PSD), especialmente pelo fato dele querer suceder a atual gestora.
No final do ano passado, qual foi o ‘remédio’ – mais parecido com ‘veneno’ –usado por Berinho? Atrasar ao máximo a votação de um remanejamento orçamentário, algo 100% previsto em lei e que se trata de um mecanismo absolutamente normal a ser utilizado por qualquer gestão.
Entenda, leitor e leitora: orçamentos são peças de balizamento. Com o correr do ano fiscal, alguns imprevistos podem ocorrer e, com isso, o orçamento pode precisar de remanejamento.
Em 22, por exemplo, o aumento do Piso Nacional dos Professores foi bem acima da média dos anos anteriores. Por isso que os gastos tiveram que ser alterados em todas as prefeituras.
Aí o que aconteceu em Riachão? Dinheiro tinha, as contas estavam em dia e a prefeitura só precisava remanejar, com autorização da Câmara, o orçamento para garantir o salário e o 13º de seus servidores.
Mas isso não sem antes passar por um calvário causado pelo trancamento de pauta e pelo engavetamento de projetos no Legislativo municipal, sob o comando de… Berinho do Mercadinho!
E aí chegamos ao final do ano da graça de 23! E não é que a gestão de Berinho na Câmara, ao longo deste ano, esvaziou os cofres antes do final do ano?
E não é que não existem mais recursos na Câmara a ponto do presidente ter que ir de pires na mão pedir mais recursos à prefeita Simone?
E não é que tem gente mal-intencionada dizendo que Simone, ao não liberar, estaria se ‘vingando’?
Pois é, aí é só mais uma fake news. Sim, porque o repasse do Executivo para o da Legislativo foi feito em sua integralidade, conforme manda a lei.
Daí que para liberar mais recursos, a prefeitura corre riscos de cometer irregularidades em seu orçamento geral, que engloba o valor dos repasses à Câmara.
Assim, caberá a Simone os riscos de colocar sua gestão para ‘tapar os buracos’ financeiros causados pela gestão de Berinho na Câmara.
Nesse caso não se trata de vingança, mas de se prevenir contra o julgamento das contas da prefeitura que será realizado nos anos seguintes.
Claro que cada um responde por si, mas AnderSonsBlog pensaria 1 bilhão de vezes antes de tomar tal atitude.
Sim, porque a intenção positiva de salvar o final do ano de servidores e de vereadores riachãoenses é algo extremamente nobre da parte de Simone.
Mas os riscos de ter suas contas questionadas por conta de repasses feitos para cobrir as irresponsabilidades financeiras dos outros é sempre algo a ser levado em consideração também.
Difícil decisão essa de Simone, viu? Que Deus a guie pelo melhor caminho e que o povo de Riachão fique atento a essa tragédia administrativa de Berinho à frente da Câmara. Se fez isso no Legislativo, imagine o que não faria se mais poderes tivesse…