Eder Matos, lagartense como este AnderSonsBlog, é um ativista efetivo quando o assunto é e descriminalização da maconha. Sim, a casa aqui sabe que se trata de um tema espinhoso, difícil de ser tratado as claras. Mas esse debate é, sim, necessário e cabô!
Em suas redes sociais, Eder traz um apanhado muito interessante de como esse tema está sendo tratado na Alemanha. Um dos países mais fortes do planeta, seja econômica, social ou culturalmente falando, a Alemanha é também uma democracia absolutamente plena. Por isso tudo que vale muito à pena ler o que relata Eder Matos. Boa leitura!
“Legalização da Maconha na Alemanha
Eder Matos*
Na semana passada, a Alemanha aprovou a legalização da maconha no país para uso recreativo. Essa medida tem como prioridades a redução de danos causados aos usuários da planta, dando segurança na hora de adquirir e na qualidade do produto. O país também quer reduzir o consumo entre a população, que nos últimos anos, vinha aumentando consideravelmente.
As regras estabelecidas preveem que a planta não poderá ser vendida e consumida próximo de escolas, instalações esportivas, nas proximidades delas e para menores de 18 anos.
Como forma de controlar o consumo, o parlamento alemão aprovou que os usuários poderão portar até 25g em locais públicos, 50g nas suas residências e que alguns grupos poderão cultivar a planta para fornecer legalmente.
O ministro da saúde Karl Lauterbach apoiou a proposta e solicitou aos parlamentares a sua aprovação urgente, principalmente em função de reprimir o tráfico de entorpecentes e o acesso dos jovens através do comércio clandestino.
A lei já começa a vigorar a partir de 1° de Abril.
Aqui no Brasil enfrentamos os mesmos problemas com a proibição do consumo e do comércio da maconha, com um agravante: as sequelas provocadas pela “guerra ao tráfico” são profundas na sociedade, principalmente na população jovem, negra e periférica.
O debate sobre o tema em nosso parlamento já se estendeu por muitos anos e até o momento não avançou por imposição das bancadas conservadoras, incluindo a evangélica e da bala, que se sustentam nos argumentos vazios de suas ideologias para perpetuarem no poder.
Temos diversas propostas apresentadas, inclusive, temos a SUG 25/2020, de iniciativa popular, tramitando na comissão de direitos humanos do Senado, sendo a que melhor se encaixa na realidade brasileira e está paralisando os debates desde 2020.
*Ativista Anti-Proibicionista”.
2 Comentários
Luis Americo
Muito boa reflexão do nosso conterrâneo! Comparar a maconha as demais drogas e a criminalizar é de ser extirpado do código penal tal qual foi o adultério! O direito tem que acompanhar a evolução da sociedade.
Aderaldo Prata
Éder é um exemplo de coragem por defender essa posição há anos. Tamos juntos, na torcida de que essas cabeças fechadas do poder, ou saiam dele, ou se abram.