Olha, AnderSonsBlog nem volta a esse assunto com a constância que ele merecia. Até porque, no entendimento aqui da casa, se a gente não puder ajudar, melhor não atrapalhar. Mas quando a gente vê tanta gente, no afã de ajudar, acabar atrapalhando, aí a gente volta à carga.

Tudo isso dito acima vale para o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo. É que ele foi criticado nesse espaço em duas únicas oportunidades: quando da sua suposta interferência que teria impedido a posse de Rose Rodrigues, figura umbilical do Movimento Sem Terra e das lutas pela reforma agrária, como presidente nacional do Incra; e quando do episódio terrível das passagens e diárias de dois de seus assessores na passagem de Márcio pelo Pré-Caju 23.

E em ambas as situações, o posicionamento deste AnderSonsBlog foi para que Márcio Macedo atentasse para a importância do cargo que ocupa e, assim, fizesse de um tudo e mais um pouco para: 1) fazer Sergipe brilhar em Brasília; e 2) fazer todo possível pra que o governo Lula (PT) seja um sucesso, afinal isso beneficia a todo mundo, ora pois!

Acontece que, em ambos os casos, não se tratava de ‘perseguir’ Márcio sob nenhuma hipótese, sempre se tratando dos interesses de Sergipe e do Brasil, que estão acima deste AnderSonsBlog, do próprio Márcio e até do próprio Lula, minha gente!

Só que, na última semana, a partir de uma análise da jornalista Natuza Nery, da Globo News, parece que o ‘céu desabou’ na cabeça de quem defende o ministro Márcio Macedo não pelo o que ele deve fazer no cargo que ocupa, mas por ser aliado dele, amigo ou parceiro estratégico.

E essa turma ‘perdeu a linha’ ao acusar quem, por estas plagas, repercutiu a fala de Natuza, que foi realmente dura! “O que é Márcio Macedo no Palácio do Planalto? É uma pincelada branca numa parede branca!”, disse a jornalista, numa análise política sobre a possibilidade de uma reforma ministerial próxima no governo Lula.

Olha, a casa aqui até acha a analogia de Natuza um tanto quanto, digamos, forçada, certo? Mas é inegável que Márcio precisa entregar mais e melhor ao governo de Lula. E foi o próprio Lula que cobrou isso no final de 23, em evento com pessoal da reciclagem.

Mas, até aí, vamos e venhamos, se trata de uma discussão que rola mesmo é nos bastidores do governo Lula, nos bastidores de Brasília e coisa e tal. Agora, a turma que defende Márcio vir pagar de ‘cagadores de regra’ e querer atacar quem em Sergipe repercute o que se discute em Brasília, chamando quem assim age de gente com ‘má vontade’ contra Márcio, aí extrapola os limites do bom senso.

Este AnderSonsBlog, que não se considera nem com ‘má vontade’ contra Márcio e nem contra ninguém e até compreende que os apoios políticos ao ministro tentem tornar isso uma coisa da política interna do PT – compreende, mas não concorda, pois se assim fosse, um adversário interno no PT de Márcio, o senador Rogério Carvalho, não estaria correndo atrás pra reforçar o PT como partido em Sergipe, deixando ‘largada’ essa função para, aí sim, enfraquecer Márcio, pois se o PT não estiver forte na base política de Márcio, que força ele teria pra se manter ministro, hein?!

Agora, ‘má vontade’ com Márcio Macedo só se for nas internas de seu próprio ministério e nos bastidores do governo Lula lá em Brasília. Sim, porque só mesmo essa tal ‘má vontade’ é que poderia explicar a baixa produtividade do ministro-chefe em relação a questões fundamentais em um governo de esquerda, como é a relação com os movimentos sociais.

Daí a querer resumir essa dificuldade real a uma ação emanada de Sergipe, façam-nos o favor e respeitem a inteligência do povo, né não?

Assim, por sinceramente desejar que Márcio Macedo siga ministro e que o siga de maneira cada vez mais forte, fica a dica pros apoiadores dele: ajudem Márcio, levantem pautas interessantes, especialmente as ligadas aos movimentos sociais, louvem o trabalho dele e aí, sim, estarão ajudando. Mas enquanto ficarem procurando ‘culpados’ em Sergipe pra algo que ocorre em Brasília e nas internas do governo Lula, aí vocês estarão somente atrapalhando. Sem mais!

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