Gracinha Garcez, de Itaporanga, largou o PL e foi pro Republicanos. Mas como ela é 1ª suplente de deputada justamente pelo PL, ela jogou fora os votos que recebeu do povo itaporanguense. Entenda

Não é a primeira vez, e seguramente não será a última, em que a ex-prefeita de Itaporanga, Gracinha Garcez, muda de partido. Desta feita, Gracinha deixou o PL, comandado no estado por Edivan Amorim, e foi para o Republicanos, cujo presidente estadual é o deputado federal Gustinho Ribeiro.

Olha, leitor e leitora, a verdade é que, se a legislação permite, não há nada demais na atitude de Gracinha. Ela não gostou do partido em que estava, o PL, mesmo tendo tido, filiada nele, cerca de 16.000 votos, pegando inegavelmente uma bela ponga na onda popular que fez com que o candidato a governador do partido em 22, Valmir de Francisquinho, chegasse a quase meio milhão de votos em Sergipe? Tudo bem, esse é um direito de Gracinha previsto, inclusive, na legislação eleitoral.

Mas há um senão, um porém aqui nessa história: como 1ª suplente do PL, ao mudar de partido, essa 1ª suplência passa, imediatamente, para quem tinha ficado com a 2ª suplência. Nesse caso, o ex-deputado federal José Carlos Machado passa a ser o 1º suplente, pois toda a jurisprudência aponta e confirma que o mandato é do partido e não da pessoa. Portanto, o ‘adeus’ ao PL de Gracinha é um ‘adeus’ a possibilidade de assumir o mandato de deputada, beleza?

Mas isso não indicaria um ‘desprendimento’ dela, não, AnderSonsBlog? Bem, na modesta opinião aqui da casa, não! O que parece ser o mais provável é que o Republicanos deve ter oferecido melhores condições à Gracinha no que tange a disputa municipal deste ano, sendo que ela já está pré a prefeita de Itaporanga.

Mas aqui é que está uma tremenda contradição: Gracinha, dos cerca de 16.000 votos obtidos, teve exatos 6.765 em Itaporanga. Portanto, a cidade foi decisiva para que ela alcançasse a 1ª suplência. E agora, em caso de alguma mudança, como por exemplo a possibilidade de candidatura de alguém do PL que esteja na Alese, casos de Marcos Oliveira, Pato Maravilha e Netinho Guimarães, esses votos itaporanguenses serão, literalmente, jogados no lixo!

E como é público e notório que a atuação de um outro deputado estadual com base em Itaporanga, Marcelo Sobral (União), tem sido decisiva para que o município, após seguidas quedas de receitas decididas pela Justiça, venha recuperando seu justo protagonismo, não seria melhor pra Itaporanga que Gracinha ficasse no PL e, com isso, mantivesse os votos itaporanguenses valendo, inclusive, a possibilidade de mais uma representação na Alese?

Essa pergunta surge de duas outras frentes de questionamento: primeiro, o Republicanos é até um partido menor do que o PL, nacionalmente, e terá menos recursos do fundo eleitoral, correto? Então o que é que levou Gracinha do PL para o Republicanos?

E, por fim, será que o povo itaporanguense entenderá bem essa mudança a partir do momento em que perceber que os votos que foram dados a Gracinha em 22 simplesmente foram jogados fora pela decisão dela de mudar de partido? São questionamentos interessantes, né verdade?

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2 Comentários

  • SILVANA Ribeiro

    28 de outubro de 2024 - 10:25

    Já foi tarde, somos de direita,ela nunca foi. Achou que iria ganhar os votos dos Bolsonarista e se ferrou kkkk vai pro partido que lhe representa . Petistas nunca mais

  • Ronaldo Oliveira

    28 de outubro de 2024 - 21:29

    A conclusão é simples: conveniência fez com que fosse tomada essa decisão. Sendo assim, a conveniência falou mais alta do que a importância dos votos recebidos no partido que a fez primeira suplente de deputada. Isso é fato.

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