Partindo do princípio de que as Eleições 24 em Aracaju precisam discutir as questões aracajuanas, sem tergiversar, AnderSonsBlog, a partir de uma notícia fresquinha, vai propor um exercício analítico de como não deve ser o comportamento dos agentes políticos num ano em que o futuro da capital sergipana tem que ser discutido para que a população possa fazer, livremente, a melhor escolha.
Vamos lá: o senador Alessandro Vieira (MDB), a partir de uma condenação da Justiça Eleitoral para a devolução de quase R$ 1 milhão aos cofres públicos pela não prestação de contas do PSDB em 2022, quando era Alessandro que presidia a agremiação em Sergipe e, inclusive, foi candidato a governador, lembra, leitor e leitora, saiu-se com nota demonstrando espanto e surpresa, como se não fosse dele nenhuma responsabilidade por tal condenação.
Aí, o atual presidente do PSDB, o ex-senador Eduardo Amorim, que por sinal era também presidente da agremiação antes de Alessandro ‘tomar’ o partido, saiu-se com nota bem didática, super explicada, em que narra uma série de situações que agravam um possível desleixo ou mesmo desorganização no PSDB na passagem de Alessandro.
E é coisa de arrepiar, como não aparecimento de material de estúdio de vídeo e áudio, de mobiliário, de atraso de aluguel, de atraso no pagamento da locação de uma Hilux, de contas de água e luz atrasadas, enfim, uma terra arrasada que eleva em muito milhares de reais os prejuízos do PSDB em Sergipe durante a passagem de Alessandro Vieira pela presidência do partido, sempre segundo as alegações de Eduardo Amorim.
E aí vem a deixa, que serve de alerta de que, nas Eleições 24, não dá pra tergiversar e fazer palanque com falas notadamente marcadas pela violência política de gênero. É que Alessandro, no afã de atacar a pré-candidatura de Yandra Moura (União), preferiu atacar o pai dela, André Moura, presidente do União, ao se referir à pré-candidatura de Yandra como uma forma de “entregar as chaves do cofre” a André.
E agora, diante de tantos descalabros financeiros no PSDB, diante de condenação do partido por falta de apresentação de contas na gestão de Alessandro, se alguém viesse a público dizer que a pré-candidatura de Danielle Garcia (MDB) seria uma forma de levar para a prefeitura o estilo do presidente do MDB e líder político de Danielle, justamente o mesmo Alessandro Vieira, ‘para a prefeitura de Aracaju’? Estaria correto esse tipo de afirmação e de postura?
Entende, leitor e leitora, porque é que não é de bom tom atacar nenhuma pré-candidatura com base nas lideranças ou nos laços familiares que possam estar em seus entornos? É aquela coisa do telhado de vidro, né isso?