A Aena, empresa que administra o Aeroporto de Aracaju, fez investimentos de R$ 140 milhões pra dar uma levantada massa no local. E realmente ficou bacana, deixando, finalmente, aquele ar de rodoviária que o aeroporto aracajuano tinha.
Aliás, aqui vale um adendo: o aeroporto de Foz do Iguaçu, no Paraná, tem um projeto arquitetônico praticamente igual ao de Aracaju. Mas, lá na cidade turística paranaense, a climatização, por exemplo, já existe há algumas décadas.
Mas tá tudo bem, afinal antes tarde do que mais tarde ainda, né verdade?
Porém, em que pese uma ruma de políticos se engalfinhando pra sair bem na foto durante a cerimônia de entrega da reforma, na última sexta, 7, o problema é que a tal reforma não contemplou, veja só, leitor e leitora, o muro do Aeroporto de Aracaju na lateral em que ele margeia o conjunto Augusto Franco.
E sendo o local a casa de milhares de aracajuanos e aracajuanas, o respeito a esse povo deveria começar com o muro, torto em muitos metros e com essa verdadeira ‘cratera’ vertical, conforme prova a foto, também ter sido abarcado e abraçado pela reforma. Mas, pelos sorrisos dos políticos e gestores presentes, possivelmente nenhum deles circula pelo Augusto Franco.
Sim, porque a parte rompida do muro gera riscos para a operação aérea – sabe-se lá quem ou o que pode invadir a pista diante de um trecho enorme desses caído e com o acesso impedido por meros arames farpados?
Assim, depois de comemorarem um investimento privado dessa monta como se fosse obra e graça deles, os políticos merecem ou não mais uma cobrança, desta feita em relação ao muro caído?
Ou eles não têm ‘peito’ pra encarar a empresa que administra o Aeroporto de Aracaju e exigir que boa parte do muro seja refeito para proteger quem está fora e quem está dentro da área do aeroporto?
Com a palavra, o prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), o governador Fábio Mitidieri (PSD) e os demais ‘papagaios de pirata’ que foram a entrega da reforma, mas parecem não andar em Aracaju a ponto de ver a bagaceira que é esse trecho do muro do aeroporto aracajuano. É osso, viu?