Chapa Emília/Ricardo já pode ser chamada de ‘Morde e Assopra’ de ‘Mei Barro/Mei Tijolo’ ou de ‘Oposição, Pero No Mucho’? Entenda mais esse imbróglio das Eleições 24 em Aracaju

Na última sexta, 5, numa entrevista coletiva realizada na sede do PL em Aracaju, foi oficializada a união entre Emília Corrêa, pré a prefeita do PL, e Ricardo Marques, também vereador como ela e membro do Cidadania – sim, aquele mesmo Cidadania que um dia foi de Alessandro Vieira, quem aí lembra disso?

Pois bem, nada demais, todos têm legitimidade de apresentar o projeto político que melhor lhes aprouver, disso ninguém tenha a mínima dúvida. Mas o que é preciso em todo e qualquer processo eleitoral é que tudo seja colocado à prova, como forma de garantir que o eleitor e a eleitora terão as condições efetivas de escolher bem, jamais sendo enganados ou ludibriados.

Assim, um ponto a ser colocado à prova é justamente o fato de Emília, até aqui nessa sua caminhada pré-eleitoral, ter se vendido como ‘antissistema’, como ‘oposicionista radical’, como alguém que tem soluções pra fazer uma ‘Nova Aracaju’ – aliás, vai ficar onde essa ‘nova’, vai atravessar a ponte pra Barra ou a ponte pra São Cristóvão ou as pontes pra Socorro? Quem poderá nos responder? Que soluções são essas?

Acontece que com a chegada de seu companheiro de chapa, provavelmente será necessário à Emília uma revisão de suas bandeiras de pré-campanha. Sim, porque Ricardo Marques se posicionou, em 22, favoravelmente a eleição do governador Fábio Mitidieri (PSD) no 2º turno após ter apoiado Alessandro Vieira, então no PSDB e hoje no MDB, no 1º. E olha novamente Alessandro aí, hoje nas hostes governistas, local em que Danielle Garcia, também pré a prefeita, esteve até uns dias atrás como secretária Especial da Mulher.

É muita coincidência tudo isso, né não? Então, a presença de Ricardo Marques na chapa de Emília é uma sinalização óbvia demais de que a chapa do PL não é lá tão de oposição assim, né verdade?

“Ah, AnderSonsBlog, mas a oposição de Emília é ao prefeito Edvaldo Nogueira”, diria o leitor e a leitora mais detalhistas. E aí a casa aqui responde o seguinte: Fábio apoia o candidato de Edvaldo, mas não briga com Danielle, nem com Alessandro e, por consequência, não brigará com Ricardo e, por tabela, nem com Emília. O governador fica ‘de bem’ com todo mundo e, a um só tempo, coloca todo mundo em sua ‘canoa’, entende?

O que se desenha, então, é que a chapa Emília/Ricardo tem um pé em cada uma das canoas. E não há nada demais nisso, é um direito dela. Agora, o que não dá é seguir dizendo que é ‘antissistema’ quando, na verdade, está sendo cooptada pelo mesmo sistema que diz combater.

E nem adianta vir com aquela conversinha de ‘republicanismo’ nas relações. Sim, porque, em 22, Ricardo, como candidato a deputado estadual, teve 12.686 votos. E como apoiou Fábio no 2º turno, impossível dizer que ele não ajudou ao atual governador a vencer as eleições, concorda?

Enfim, está chegando a hora do eleitorado aracajuano decidir quem comandará a cidade por quatro anos. E se a escolha for por uma candidatura oposicionista, está na hora de analisar claramente quem é que se propõe, de fato, a ser oposição.

Essa chapa Emília/Ricardo, vamos e convenhamos, tá bem naquele estilo ‘mei barro/mei tijolo’, ‘morde e assopra’ e, finalmente, numa vibe ‘oposição, pero no mucho’.

Vida que segue!

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1 Comentário

  • João de Deus

    9 de julho de 2024 - 20:29

    Quer oposição? Candisse.
    Melhor para Aracaju, o município continuará crescendo com desenvolvimento e a população será feliz de forma participativa.
    Aracaju grande e feliz, não mudar a política que lhe confere beleza com qualidade de vida.

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