Liderança de Emília Corrêa ‘subiu pra cabeça’? Afinal, como explicar que a candidata siga os modelos do bolsonarista JHC, de Maceió, e também do lulista João Campos, de Recife? É difícil…

Que Emília Corrêa (PL) lidere as pesquisas de intenção de votos em Aracaju, tudo dentro da mais tranquila normalidade. Afinal, com sua trajetória política própria e somando como o recall de ter sido candidata a vice-governadora em 22, surfando muito bem a Onda Azul de Valmir de Francisquinho, também PL, estar na liderança não é nada incomum.

Mas há algumas semanas que a casa aqui ficou a se perguntar: afinal, qual o projeto de Emília para Aracaju? Para além de mostrar os problemas, ainda se aguarda que a candidata mostre a forma com que pretende resolvê-los. Mas já que a campanha começa pra valer essa semana, aguardemos tranquilamente.

Só que também há algumas semanas a candidata, juntamente com seu candidato a vice, o vereador Ricardo Marques (Cidadania) – pausa rápida prum chiste: por ser do Cidadania, que já foi o Partido Comunista, tem gente da direita que chama o vice de Emília de ‘Ricardo Marx’, mas isso é pura chinfra – visitou Maceió e Recife.

Nas suas andanças pelas duas capitais nordestinas, Emília visitou projetos e ações oriundas do poder público que, na opinião dela, dariam certo se implantados em Aracaju.

Apesar de considerar isso uma temeridade, visto que os problemas de Aracaju são de Aracaju e totalmente diferentes dos problemas de Maceió e de Recife, sendo sempre mais aconselhável se buscar soluções locais para os problemas locais – o que valoriza, inclusive, quem vive na capital sergipana e tem capacidade de trabalho e ideias qualificadas pra serem colocadas em prática –, AnderSonsBlog respeitou e respeita o posicionamento de Emília de ir buscar ‘de fora pra dentro’ o que ela julga ser a Aracaju ideal.

Mas aí veio um questionamento danado aqui entre uma orelha e outra deste que vos digita: afinal, qual o modelo de cidade ideal para a Emília, a do bolsonarista JHC, prefeito de Maceió, ou a do lulista João Campos, prefeito de Recife?

Sim, porque ambas as gestões, bem aprovadas pela população, têm seus vieses políticos bem claros. João Campos (PSB) faz uma administração inclusiva e com foco no social – o que é positivo, mas que acarreta num crescimento exponencial dos gastos públicos. Já JHC (PL) destaca-se pela gestão enxuta, baseada no formato privado – o que é positivo também, mas gera tragédias como o afundamento de bairros inteiros a partir da exploração econômica irresponsável feita pela Braskem na capital das Alagoas.

E para o eleitor e a eleitora, de Emília ou não, a resposta para essa questão será muito bem-vinda durante essa campanha: e aí, Emília Corrêa persegue o modelo direitista de JHC em Maceió ou o modelo esquerdista de João Campos em Recife? Como diria aquele locutor das antigas: “o povo quer saberrrrrrrrrrr”.

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