Enquanto isso, nas hostes do MDB, seu presidente Alessandro Vieira segue fazendo o que mais sabe fazer: sua atual agremiação partidária também deu vexame nas Eleições 24

Não é novidade para ‘seu ninguém’: o senador Alessandro Vieira, presidente estadual do MDB, apenas deu prosseguimento ao seu histórico de não agregar e não fazer crescer de jeito maneira nenhum partido em que esteve filiado.

Tudo começou quando o parlamentar se elegeu pela Rede e, na primeira oportunidade, migrou para o Cidadania. Nesse caso, ressalve-se, graças ao trabalho de gente como Georgeo Passos, Samuel Carvalho e Ricardo Marques, o partido não ‘morreu’ de inanição política quando Alessandro o deixou para migrar para o PSDB.

Já na sua terceira ‘casa’, o problema foi grande e persiste. Além de não se eleger governador em 22 pelo PSDB, o partido também não elegeu deputados e praticamente se desintegrou e sumiu da mídia, salvo a desonrosa exceção quando todo o Sergipe soube, através da imprensa, que a gestão de Alessandro deixou sérias dificuldades financeiras na agremiação.

E neste ano da graça de 24, já no comando estadual do MDB, que fez Alessandro? Além de ver o MDB fazer apenas três prefeitos, Laranjeiras com Juca – que tem vida própria na política laranjeirense e se reelegeria por qualquer que fosse a agremiação –; Riachuelo com Petinho de João Grande; e Capela com Junior de Carlos Milton – e, nesse caso, o ‘feitiço virou contra o feiticeiro’, posto que Junior foi candidato pelo agrupamento de Silvany Mamlak e Cristiano Cavalcante, prefeita e deputado estadual e ambos ligadíssimos ao presidente do União, partido dos dois, em Sergipe, o arquidesafeto de Alessandro, André Moura –, o senador abraçou – seria aquele ‘abraço de urso’? – a candidatura de Danielle Garcia em Aracaju, colocando vultosas somas do Fundo Eleitoral para cacifar a candidata do MDB na capital.

E o resultado? Não poderia ser pior, com uma quinta colocação a pouco mais de 2000 votos a frente da sexta colocada, a resiliente e combativa Niully Campos e seu PSOL com um ínfimo dos recursos e da estrutura que teve o MDB. Assim Danielle sai de mais de 70 mil votos em 22 na capital, quando concorreu ao Senado contra outras 6 candidaturas, para pouco mais de 16 mil votos em 24, quando concorreu a prefeitura com mais 7 postulantes – e o total de candidaturas tem que ser destacado por se tratar de eleições distintas, embora o recorte do eleitorado seja o mesmo, justamente Aracaju.

E olha, leitor e leitora, que os ‘melhores/piores’ momentos de Alessandro e de Danielle na disputa aracajuana se deram, que tristeza, a uma postura extremamente questionável de ambos no debate eleitoral: Alessandro passou o tempo todo a dizer que votar em Yandra Moura (União) era “entregar a prefeitura na mão de André”, pai da candidata, enquanto Danielle ficou com a ideia fixa de trazer o senador Rogério Carvalho (PT) para o debate, sendo que a candidata petista era Candisse, esposa de Rogério. Ficou ou não estranha demais essa postura misógina e machista dos dois?

E justamente por não concordar com esse tipo de atitude que AnderSonsBlog faz questão de ressaltar que os pouco mais de 16 mil votos em Danielle, em última análise, se deveram a própria Danielle, posto que se o candidato fosse o próprio Alessandro, talvez nem a esse quantitativo ele chegaria.

Assim, quando do anúncio do apoio do MDB à candidatura de Luiz Roberto (PDT) no último sábado, 12, estava claramente no ar um tremendo constrangimento. Sim, porque ninguém renega apoio nessa altura do campeonato. Mas se apenas Danielle tivesse participado do ato, seguramente a sorte de Luiz poderia ser outra, um vez que, para todos os que leem a política sergipana, é possível dizer que o apoio de Alessandro a Luiz lembra aquele bordão da televisão: “é cilada, Bino”. E que siga o baile!

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