O vídeo abaixo emociona pela força que possui. E o Instituto Marcelo Deda é o responsável por resgates de memória desse naipe – aliás, bem que poderíamos ter um instituto nos mesmos moldes voltado para o resgate da memória de João Alves, né verdade?
A frase do saudoso Deda, dirigida ao saudoso João, é definitiva: “devo dizer que o valor do adversário enobrece a vitória”. Tem coisa mais bela do que esse tipo de reconhecimento entre adversários?
E olha que, nos embates que travaram, ambos foram pro ataque. Mas eram embates eleitorais e os ataques, de lado a lado, eram duros, porém sempre justos.
E a pergunta que fica é: pra onde foram essas posturas dignificantes na política, especialmente na sergipana?
Mas, e pior ainda, é vermos que, para além do desrespeito absurdo, eivado de perseguições e produção de fake news contra adversários, atualmente o que se vê são ‘aliados’ atacando a quem lhes deu a mão em algum momento.
E como este 2 de novembro, Dia de Finados, é dedicado à reflexão, AnderSonsBlog citará apenas quatro exemplos do quão baixa se tornou a política e do quanto essa atividade deixou de ser voltada ao bem comum e passou a ser um vale tudo em busca do poder pelo poder, somente e tão somente isso.
Mas como se trata de uma reflexão, preservaremos os nomes, sendo que os canalhas que vistam a carapuça e o povo que fique esperto pra botar pra fora da vida pública quem age com tanta crueldade, inclusive contra os próprios aliados.
1 – Como pode alguém compor uma chapa majoritária e, na primeira oportunidade, trair o cabeça de chapa de maneira a assumir o poder, usar todas as ferramentas possíveis para prejudicar a quem golpeou e, por fim, ver quem ajudou a levar esse alguém ao poder efetivamente morrer e seguir com a cara lisa, como se nada fosse de sua responsabilidade?
2 – Como pode alguém ter sido bancado, sustentado enquanto candidato de um agrupamento e, já na eleição seguinte, permitir que a campanha que apoia detone sem dó e nem piedade justamente aquele que, na eleição anterior, foi quem lhe deu a mão e lhe garantiu a sua própria candidatura?
3 – Como pode se fazer parte de uma agremiação partidária e, durante todo o 1º turno se fingir de planta, não participar de nada e, pior ainda, fazer muitas tentativas de impedir que o próprio partido tenha candidatura própria e, aí já no 2º turno, abraçar outra campanha de forma quase como se fosse a eleição de própria vida?
4 – E, por fim, como podem alguns se utilizarem claramente do apoio de alguém para vencer um difícil desafio de 2º turno, quando a força das máquinas é triturante, e nem passada uma semana do pleito já começarem a tentar desqualificar aquele que deu seu apoio sem nada pedir em troca, tudo em nome de uma inveja incontrolável e de uma sede inabalável de poder pelo poder?
E aqui, pra fecharmos a nossa reflexão, mais uma frase magistral do saudoso Deda: “quem não é fiel ao seu projeto político, dificilmente será fiel ao povo”.
Sigamos!