Na terça, 12, este AnderSonsBlog leu uma nota do jornalista Cláudio Nunes e ficou indignado. Nela, postada no X, ex-Twitter, Cláudio explana que uma determinada chapa que concorre nas eleições da OAB/SE notificou extrajudicialmente um instituto de pesquisa para impedir a divulgação de uma… pesquisa, claro!
Instinto jornalístico atiçado, a casa aqui começou a fazer contatos e, logo de cara, descobriu sobre qual instituto Claúdio falava, tratando-se do Instituto França de Pesquisa (IFP).
Em contato com o seu proprietário, Willan França, o site descobre algumas ‘coisinhas’ a mais. Primeiro que realmente houve a notificação. E embora não intencionasse mesmo divulgar o resultado da pesquisa, França também está indignado.
E a razão não poderia ser mais justa: como é que pode uma chapa que concorre numa eleição democrática como a da OAB/SE, voltada para um eleitorado preparado, estudado e esclarecido, tentar censurar a livre circulação de informação?
Lógico que a tentativa de intimidação – não há outro nome que defina melhor esse absurdo dessa notificação! – veio da parte de uma chapa oposicionista, já que França confirmou que, embora não divulgando números, a liderança na pesquisa segue sendo da chapa do atual presidente Danniel Costa, como já haviam constatado outras pesquisas realizadas anteriormente.
“Ah, mas então porque o IFP não divulgou a pesquisa?”, poderia perguntar o leitor e a leitora. E França esclareceu que, embora haja duas correntes de opinião na análise do estatuto eleitoral da Ordem, uma de que não se pode divulgar pesquisa dentro do prazo de 15 dias para a eleição e outra que esse prazo só é válido para pesquisas que foram contratadas por uma das chapas concorrentes, o que não foi o caso, a direção do IFP optou pela não divulgação e ponto.
“Ah, mas se não era pra divulgar, pra que fez a pesquisa?”, poderia perguntar o leitor e a leitora mais insistentes. Ora, ora, França é dono de um instituto de pesquisa muito requisitado e, por isso mesmo, sempre enfrenta tentativas de censura em eleições, digamos, normais. E para vencer esse tipo de obstáculo, o IFP tem parcerias estratégicas no mundo advocatício. Por isso mesmo que França fez a pesquisa, bancou ela do próprio bolso e dividiu a informação com o escritório de advocacia que o representa, nada mais lógico do que isso!
E como a informação acabou circulando, uma das chapas, visivelmente contrariada com o resultado apurado pela pesquisa, partiu pra cima do IFP, numa atitude que mostra desespero, despreparo e uma postura autoritária que não combina de maneira alguma com uma entidade do porte de uma OAB/SE.
Como se vê, depois de ataques de fake news, de disparos em massa de vídeos e informações apócrifas, sempre e invariavelmente contra Danniel Costa e sua chapa, mais uma triste prática das eleições ditas normais está sendo usada na eleição de Ordem e isso é o que o indefectível Boris Casoy chamaria de “uma vergonha”.
O espaço aqui, por sinal, segue aberto para que qualquer uma das três chapas oposicionistas da eleição da OAB/SE se manifeste. Preferencialmente, é claro, condenando a tal notificação extrajudicial e todo o ranço de autoritarismo nela contido.
E toda a solidariedade possível a França e ao seu IFP. Afinal, quem trabalha sério merece e deve ser respeitado. É isso!