É preciso lembrar pra não esquecer, né assim? Então, vamos lá: no ano de 18, diante do afastamento do então prefeito de Lagarto, o saudoso Valmir Monteiro, o que fez a sua vice, Hilda Ribeiro (Republicanos), para defendê-lo? Nada!
Já no início de 19, quando retornou à prefeitura, Valmir acabou sendo preso – injustamente, como a Justiça só veio a pontuar após o seu falecimento – e o que foi que Hilda e sua gestão fizeram para defender Valmir? Novamente, nadica de nada!
Aliás, a administração do agrupamento do deputado federal Gustinho Ribeiro, também do Republicanos, fez foi piorar as coisas, já que estava, naquele momento, aboletada no poder e se refestelando diante do sofrimento de quem os tinha levado justamente até esse mesmo poder e, com o poder da caneta nas mãos, humilhou e tirou da gestão todo mundo que fosse ligado a Valmir. Uma covardia, baseada na traição que entrou para a história como um dos momentos mais tristes da política lagartense.
E aí chegamos em 25, com o prefeito Sérgio Reis (PSD) encontrando as contas bancárias da prefeitura de Lagarto em um caos absoluto, com a ex-prefeita Hilda tendo movimentado, em menos de uma semana, mais de R$ 40 milhões de reais da Deso.
E, para completar o trágico fim de gestão de Hilda, ela simplesmente não realizou o pagamento do salário de diversas categorias, inclusive dos professores. E, pior ainda, publicou um vídeo em que ‘garante’ que deixou recursos para tal finalidade. Ora bolas, se ela tinha o dinheiro, porque não pagou os salários pra ‘pagar de boazinha’?
Percebe, leitor e leitora, que tem ‘caroço nesse angu’, ‘boi nessa linha’ e que ‘há algo de podre no Reino da Dinamarca (ou da gestão sorriso fake, como preferir)’?
E é fácil pra entender aonde está o problema: como os recursos da Deso foram ‘jogados’ da conta original para diversas outras contas da prefeitura, como garantir que o que ficou em conta – que foi ‘troco de cafezinho’ diante dos mais de R$ 55 milhões da Deso e dos mais de R$ 40 milhões movimentados dessa maneira absurda pela gestão de Hilda – não é recurso da concessão da mesma Deso?
E como pagar salários com esse dinheiro específico é expressamente proibido por lei, Sérgio acertou na mosca ao não se sujeitar a pagar salários com o que foi encontrado nas contas – repita-se, um valor miserável diante dos milhões recebidos pela gestão de Hilda – porque ele poderia, inocentemente, cair numa pegadinha e, pagando salários com esse dinheiro e ele sendo da Deso, incorrer em improbidade administrativa, entende, leitor e leitora?
E como o histórico de traições permeou a gestão de Hilda e do agrupamento de Gustinho no poder, como eles fizeram do que fizeram ao abandonar Valmir à própria sorte, teriam eles ‘pena’ de Sérgio ou torceriam pelo pior pro novo prefeito lagartense?
Por fim, Sérgio fez o correto: buscou o Banese, conseguiu uma linha de crédito e vai pagar os salários dos servidores, professores inclusos, já que estes não têm nada a ver nem com as incompetências e nem com as possíveis patifarias que tenham sido feitas pela gestão anterior.
Ou seja, Sérgio está olhando pra frente e buscando soluções. Mas sem se descuidar de levantar os dados e as barbaridades que tenham sido cometidas no passado. É aquela coisa: ‘seguro morreu de velho’, uma máxima que, infelizmente, devido a tantas traições, não se aplicou ao querido e saudoso Valmir Monteiro.
É isso!