Agradecendo desde já a Willan França, do Instituto França de Pesquisa (IFP), pelo envio dos dados obtidos pela consulta pública realizada com 2398 pessoas entre os dias 10 e 14 de março de 25 em todo o estado, este AnderSonsBlog analisará dois pontos apurados pelo IFP.
O primeiro é sobre a aprovação da gestão do presidente Lula (PT) por parte dos sergipanos. Quando a pergunta feita foi “você aprova ou desaprova o governo do presidente Lula?”. 54,78% respondeu Aprova; 31,93%, Desaprova; Nem Aprova e Nem Desaprova, 10,03%; e Não Soube/Não Respondeu, 3,26%.
Esses números demonstram que, mesmo diante da alta dos preços e das críticas cerradas que levaram a uma desaprovação no país como um todo, em Sergipe Lula segue sendo admirado e aprovado pela maioria absoluta da população.
Já quando a mesma pergunta é feita em relação ao governo de Fábio Mitidieri (PSD), Aprova, 60,20%; Desaprova, 22,64%. Nem Aprova e em Desaprova, 12,45%; e Não Soube/Não Respondeu, 4,21%. E estão nesses números as razões para que o governador e sua equipe comemorem, sim! É correto, por sinal, afirmar que esse percentual de aprovação, um pouco após a metade da atual gestão, é, como costumava dizer o saudoso João Alves, “alvissareiro!”.
Mas, então, por qual razão AnderSonsBlog também avalia que esses números podem servir como uma ‘ferramenta’ de cobrança por parte de Fábio Mitidieri? Simples demais de explicar: embora sua equipe de secretários tenha ligações políticas, prestigiando à base de apoio governista, essa cobrança não se dirigiria a ela, que não pode sair ‘cantando a bola’ da reeleição por ser composta auxiliares institucionais, devendo focar nos resultados que têm que apresentar em suas respectivas pastas.
Mas – e tem sem um mas, né? – essas cobranças de Fábio podem e devem ser voltadas para deputados, nesse caso especialmente os estaduais, já que estão ligados cotidianamente à política sergipana!
E aqui vem um adendo interessante: em que pese o fato de haver parlamentares que eventualmente defendem o governo Mitidieri, cabe basicamente ao líder do governo, Cristiano Cavalcante (União) as defesas mais intensas e contínuas. Daí que, para os demais deputados e deputadas da base, o convite feito por Fábio à deputada Kitty Lima (Cidadania) para ser a vice líder de seu governo na Alese deveria ter servido como um sinal de alerta ligado. Mas, pelo jeito, até aqui não funcionou!
No outro campo, o oposicionista, Linda Brasil (PSOL), Georgeo Passos (Cidadania), Marcos Oliveira (PL) e Paulo Junior (PV) seguem fazendo a parte que lhes cabe, cobrando sempre, questionando sempre e se posicionando sempre! E, por conta disso, se posicionam de forma a tentar barrar a reeleição de Fábio ou, pelo menos, dificultá-la – e isso é do jogo!
E cadê a ‘massa’ de parlamentares da base governista para fazer o mesmo, ou seja: defender sempre, responder aos ataques sempre e se posicionar, governisticamente falando, sempre também? Sim, porque se secretários e assessores diretos não podem – e nem devem! – falar em eleição, deputados e deputadas podem, se assim quiserem, defender abertamente a reeleição de Fábio, pois isso é do jogo também!
O fato é que, em situações como essa, às vezes parece que a base parlamentar de Fábio Mitidieri se comporta apenas como adepta do bônus de estar no governo, esquecendo que o ônus também é uma carga a ser carregada, ora pois!
De toda sorte, com os números positivos de aprovação de sua gestão, talvez seja essa a melhor hora do governador cobrar comprometimento e empenho de todos os governistas, sem exceção, no apoio ao seu governo. Até para que aquela frase, emitida pelo próprio Fábio Mitidieri no aniversário do presidente da Alese, Jeferson Andrade, do seu mesmo PSD, em fevereiro, não siga ecoando até o final de sua gestão. E você, leitor e leitora, que não lembrar da frase, a gente aqui ajuda: “o que incomoda não é o barulho da oposição, mas o silêncio dos aliados”. É isso!
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