Este AnderSonsBlog já alertou mais de uma vez. Mas, por conta da politica, infelizmente parece que ‘todos estão surdos’, como diria o poeta, em relação a situação periclitante e vexaminosa por que passa a Deso.
E olha que, pós-concessão/venda de parte da empresa, o fato da Deso ter ficado com os serviços de captação e tratamento da água a ser repassada para a Iguá, que responde pela distribuição de água e coleta do esgoto – ou seja, o filé do filé da operação, pois é onde está o ‘grosso’ da grana – a expectativa era que, mais enxuta, as coisas andassem melhor dentro da companhia de saneamento sergipana.
Mas, segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto do Estado de Sergipe (SINDISAN), o que já era problemático, está muito pior.
Explica-se: o uso da Deso como ‘cabide de emprego’ pra fazer politicagem tem alcançado níveis absurdos, o que coloca em risco o futuro da própria Deso.
E em que pese a nota oficial do SINDISAN não revelar nomes, a casa aqui o faz com total tranquilidade: quem indicou o presidente da Deso, Luciano Goes, foi o deputado federal Gustinho Ribeiro (Republicanos). E por conta de seu agrupamento político ter perdido as eleições em Lagarto no ano passado, os CC’s e/ou contratados aos quais a nota se refere são oriundos da prefeitura lagartense que, por sinal, já não faziam nada na gestão passada – basta ver o quão a cidade se deteriorou até o final de 24 -, agora é que essa turma está, mais do que nunca, exercendo a função da ASPONE, que quer dizer ‘Assessor de Porra Nenhuma’.
E a preocupação do SINDISAN faz todo o sentido por uma questão matemática e econômica: como a Deso não arrecada mais através das contas mensais que a população paga, algo que hoje cabe a Iguá, por quanto tempo o cofre do governo estadual vai arcar com a ‘farra de CC’s e/ou contratados’ antes da Deso fechar as portas em definitivo?
Aí fica assim: ou o governador Fábio Mitidieri (PSD) bate na mesa e exige o fim do uso politiqueiro da Deso, ou vende logo o restante que sobrou da companhia.
Como essa segunda opção é extremamente desgastante, do ponto de vista político-eleitoral, tá na hora de Fábio chamar o feito à ordem!
1 Comentário
Geraldo Majella
A DESO sempre foi um problema. Aracaju, por exemplo, fede e fede muito por conta dos esgotos que transbordam e o mau cheiro é uma constante. Tem lugares, como no trecho da Beira Mar, próximo ao hotel Atalaia e empório Seu Bento, sentido cidade-praia, que tem sido raro a pista ficar seca e o mau cheiro é insuportável. Já são meses sem solução, apenas pra ficarmos nesse exemplo. É comum também tampas de bueiro com desnível acentuado que arrebentam os carros e ninguém faz nada. Enfim, descaso total.