Mesmo com bons sinais de que Lagarto voltou a crescer, ainda há notícias ruins de lá e que vêm da gestão passada, a cargo de Hilda Ribeiro e da Saúde por ela pessimamente gerida

Eis mais um capítulo triste da história administrativa recente de Lagarto e que, pelo jeito, ainda renderá manchetes negativas sobre a cidade. E ainda que sejam visíveis os esforços por parte da atual gestão municipal, a cargo do prefeito Sérgio Reis (PSD), problemas e mais problemas continuam surgindo a partir da desastrosa gestão ocorrida no município até o final de 24, essa correndo por conta da ex-prefeita Hilda Ribeiro (Republicanos).

Mas a coisa é tão ruim, mas tão ruim que até mesmo um órgão como a Controladoria Geral da União (CGU), que é absolutamente técnico, acaba de alertar que, entre 2020 e 2022, o que aconteceu em Lagarto, na gestão de Hilda, foi de fazer corar qualquer pessoa que tenha um mínimo de respeito ao que é público, ao que é do povo!

Olha só quanta ‘barbeiragem’ administrativa, pra dizer o mínimo: a contratação de uma clínica privada para prestação de serviços oftalmológicos nos anos acima citados, na gestão passada, chamou a atenção da CGU por questões absolutamente absurdas, pois descumpriu critérios como Chamamento Público amplo e com mais participantes, sempre segundo a CGU; sobre a capacidade do município de fiscalizar os serviços em questão antes do pagamento do que foi contratado; e, pasmem, leitor e leitora, até a questão do prédio físico do contratante foi desrespeitada, numa clara demonstração de incompetência administrativa total – sempre pra dizer o mínimo!

Mas vamos trocar em miúdos pra que toda a população entenda: essa clínica oftalmológica contratada era em Itabaiana e até aí nenhum problema, pois na contratação havia a informação de que ela possuía uma filial em Lagarto. Só que, contrariando justamente as leis que regem esse tipo de contrato, as intervenções cirúrgicas que eram contratadas não ocorriam na filial, em Lagarto, mas sim na matriz, em Itabaiana. E isso, Arnaldo, a gente já antecipa: não pode!

Por quê? Porque pelo Chamamento Público, cuja participação de apenas uma empresa já colocou uma ‘pulga atrás da orelha’ dos técnicos da CGU, o item 5 do edital, que exigia a comprovação da existência de estrutura física para realização dos procedimentos acordados em Lagarto, simplesmente não foi cumprido e esse problema, inclusive foi admitido quando se identificou que as intervenções cirúrgicas eram feitas em Itabaiana e não na cidade que contratou a clínica pela ‘bagatela’ de R$ 2,8 milhões, minhas gentes!

Mas o que é ruim, infelizmente, pode sempre piorar: sabia, leitor e leitora, que entre 2019 a 2022 a Saúde de Lagarto, justamente na gestão de Hilda Ribeiro, recebeu R$ 137.154.951,34, para financiar ações e serviços públicos de Saúde? Então, desses mais de R$ 137 milhões, a CGU identificou “transferências indevidas de recursos para contas não específicas, o que comprometeu a rastreabilidade e feriu a legislação vigente. Foram 402 transações bancárias classificadas como irregulares, totalizando mais de R$ 35 milhões”.

Olha o absurdo disso tudo, leitor e leitora: R$ 2,8 milhões no contrato com uma clínica – a única a ‘comparecer’ ao Chamamento Público – que não prestava sua atividade-fim na cidade e R$ 32 milhões do que foi para a Saúde de Lagarto transferidos para contas “não específicas”, o que dificulta rastrear esse valor e saber como ele foi gasto! E isso dito por gente totalmente capacitada e técnica como é o pessoal que compõe a CGU!

É brincadeira um negócio desses? Mas se o que era ruim, piorou, vale a pena ficar atento: essa não foi a única incompetência de Hilda Ribeiro e sua equipe na gestão da Saúde lagartense, não! É que a mesma CGU já bateu pesado e firme em outro absurdo: relatório produzido por técnicos do órgão e publicado em janeiro de 2025 aponta indícios de superfaturamento superior a R$ 1,1 milhão na construção da Policlínica de Lagarto, cuja obra está paralisada desde abril de 2024 e não pode ser retomada até que se explique esse indício de superfaturamento!

Com tantos absurdos na Saúde de Lagarto cometidos pela gestão de Hilda Ribeiro, resta desejar ao atual prefeito Sérgio que ele, pessoalmente, tenha muita saúde e disposição para o trabalho, viu? Sim, porque pra se livrar de uma herança maldita dessas, prefeito, tem que trabalhar muito, ter muita fé em Deus e, com fé n’Ele, também ter pelo menos um pouquinho de sorte, porque, como diria o querido radialista lagartense Prefeitinho, “o bolo é grande!”. Simples assim! Triste assim!

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