Já estamos na véspera de uma das eleições mais polêmicas da história da OAB/SE. E até as 18h desta terça, 19, quando a votação on-line se encerrará, é possível que tenhamos outras situações absolutamente desnecessárias como algumas que vimos até agora em toda a campanha.
Não foi, pra bem dizer, uma campanha marcada exclusivamente pelo propositivismo. Lógico que todas as quatro candidaturas expuseram propostas, mas o que mais chamou a atenção, negativamente falando, foram os ataques de baixo nível, as fake news, os disparos em massa e tudo aquilo que, infelizmente, marca eleições comuns e que acabam merecendo críticas da sociedade. Ou seja: a eleição da Ordem, este ano, acabou, em muitos momentos, reproduzindo o que de pior é praticado na política partidária em tempos eleitorais. Uma pena mesmo!
E a coisa é tão complicada que vamos ficar em apenas um exemplo: uma das chapas, a 5, encabeçada pela candidata a presidente Clara Machado, bateu firme justamente pela não-partidarização da Ordem e, pra surpresa geral, vem a público o fato de que a própria candidata era filiada ao partido Rede. Quer dizer, então o discurso é um e a prática é outra?
AnderSonsBlog sabe que o direito de se filiar a um partido político é inalienável. E não havia nada de errado em Clara ou qualquer outra candidatura – a casa aqui tem informações de que uma outra, dentre as quatro, também tem filiação a uma agremiação política, mas aí é assunto pruma outra postagem – estar filiada, pois isso é o que garante a democracia e o Estado Democrático de Direito.
O que não é correto é vermos ataques a ‘partidarização’ OAB/SE partindo de quem está partidariamente filiada. Clara, em debate recente entre as candidaturas, fez um ataque direto a partidarização e somente nessa segunda, 18, ela teria pedido desfiliação da Rede. É normal isso?
Por outro lado, é inegável que a atual gestão da OAB/SE, a cargo do candidato a reeleição Danniel Costa, sofreu todos os tipos de ataques possíveis e imagináveis nessa eleição. E isso seria do jogo se não houvesse uma ruma de fake news criadas contra ele com o claro propósito de manchar a imagem da sua candidatura e, inclusive, da sua pessoa, numa prática absolutamente reprovável e que é usada em eleições partidarizadas, ora pois!
Esse tipo de atitude não tem nada a ver com uma eleição como a da OAB/SE, voltada para um eleitorado que sabe discernir muito bem as coisas, pois isso é o que está no cerne da atuação de um advogado e de uma advogada, ora pois!
Assim, na véspera da eleição da Ordem, caberá ao mundo advocatício sergipano escolher com equilíbrio e com senso de futuro, pois a OAB/SE não pode sucumbir as práticas partidarizadas como algumas candidaturas tentaram fazer ao longo do atual processo eleitoral. Simples assim!