É inegável que o prefeito de Malhador, Assisinho (PSD), foi muito bem nas urnas, alcançando votação histórica. E isso aconteceu, inclusive, porque ele praticamente não teve oposição no município.
Mas em que pese o bom momento político-eleitoral dele, uma coisa é preciso dizer: que falta que faz uma oposição qualificada a Assisinho, viu? E isso, especialmente, para o bem da população, sabia?
Duvida? Então, pega a visão: já naquele clima de ‘oba-oba’, do já ‘ganhou’, no dia 16 de setembro deste ano da graça de 24 a gestão de Assisinho definiu o novo salário do gestor, de seu vice, dos vereadores e dos secretários municipais.
Até aí, tudo beleza, tudo joinha, né? Pois, se segure nas cadeiras pra não cair, leitor e leitora: o salário que Assisinho pagará a ele mesmo enquanto prefeito saiu dum valor já beeeeem alto, de R$ 28.400,00, pra um total simplesmente astronômico, chegando a exatos R$ 39.607, 64!
Dessa forma, o vice de Assisinho passa a ganhar R$ 26.405, 09 – quase o valor do salário anterior de prefeito – e secretários municipais e vereadores passam a faturar R$ 9.901,91 por mês – aliás, os vereadores, que são eleitos, foram equiparados aos secretários, que são esolhidos pelo prefeito, é isso mesmo, produção?
E em que pese o fato de Malhador ser um município cuja a arrecadação depende de repasses basicamente por ter uma receita própria pequena – o que é um eufemismo para explicar que se trata de um município pobre mesmo -, toda essa farra de salários está amparada legalmente através da Lei 601/2024.
Mas é aquela história: nem tudo o que é legal é também moral, né verdade? Seria bom o prefeito Assisinho colocar os pés no chão e deixar de tanta ostentação salarial. Até porque são esses delírios, são esses devaneios de que ‘pode tudo’ e que ninguém liga pra nada que precedem a queda. Vai vendo!