Qualquer movimentação, qualquer fala de qualquer um que deseje ser pré a governador pela base governista, invariavelmente ganhará contornos dramáticos. Foi assim quando o deputado federal Fábio Mitidieri (PSD) disse que, se fosse pra demorar, “que a decisão fosse em agosto”, sobre a escolha do nome; foi assim também com o deputado federal Laércio Oliveira (Progressistas), quando ele disse querer “ser governador de Sergipe”; é assim quando o conselheiros do TCE, Ulisses Andrade não fala nada; e, claro, não poderia ser diferente em relação ao prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PDT). Mas é terrivelmente óbvio que as reações mais duras se dão justamente quando Edvaldo se manifesta. E não deixa de ser terrivelmente claro que, nesse caso, são reações injustas. Primeiro porque Edvaldo é dos que menos falam sobre o assunto – e as páginas da cobertura política sergipana estão aí pra demonstrar isso. E depois porque se atrela ao prefeito de Aracaju uma série de óbices que não encontram voz declarante: é um tal de “a classe política” torce o bico pra ele, mas ninguém, da tal “classe política”, vem a público dizer, firmemente, quais razões levariam a esse torcer de bico. Por isso que a sua entrevista ao JL Política, do sempre arguto Jozailto Lima, acaba revelando a pérola acima. Se é pra ficar na boataria, tudo bem, sem problema. Mas Edvaldo Nogueira levantou um ponto relevante: é preciso saber quais políticos, integrantes dessa tal “classe política”, têm interesse nessa rede de boataria. No mais, que todos mostrem suas qualidades e, ao final, como ele mesmo já assegurou estar de posse do martelo, o próprio Belivaldo Chagas (PSD) defina o melhor nome. Isso não significa bater o martelo sobre quem será o próximo governador, mas batê-lo, internamente, dentro do próprio grupo, para um nome que tenha as qualidades que a população deseja ver nas pré-candidaturas vindouras. E sem tanta fofocagem causando ruídos desnecessários ao longo do processo, né não?