Que Mitidieri lute com todas as suas forças para saltar de 3º colocado no 1º turno para governador nesta fase final da peleja eleitoral, tudo bem, tudo certo! Esse é o jogo, ora bolas!
Acontece que nem mesmo as evidências de que ele se acha “o dono da bola”, conforme as investidas de seu partido, o PSD, em Brasília contra Valmir de Francisquinho (PL) demonstraram, são garantia de um discurso minimamente coeso e, por fim, vitorioso.
Senão, vejamos: garantido no 2º turno apenas e tão somente por conta de exclusão de Valmir da disputa, Fábio tenta transferir o papel de algoz e de traidor para aquele que foi a vítima das armações advocatícias nos bastidores e da maior das traições possíveis e imagináveis, justamente aquelas que tiraram do povo o direito de escolher seu próximo governador, ora pois!
E a frase infeliz dele numa coletiva não encontra chão para se assentar sob nenhuma hipótese. Quer ver, leitor e leitora?
Traiu seu eleitor? Como assim? Traição mesmo seria se Valmir declarasse apoio ao candidato de Belivaldo Chagas (PSD), o governador que não apenas o perseguiu, mas cujo governo o levou à prisão por conta de uma mal contada e investigada ação para fechar os matadouros públicos, garantindo assim que a iniciativa privada passasse a ter controle absoluto sobre o abate e os preços praticados!
Traiu Bolsonaro? Como pode ser isso se o único candidato ao governo no 1º turno e o primeiro e único a manter o voto no atual presidente foi Valmir?
E, por fim, mas não menos importante, traiu Rogério? Poxa, se foi a campanha do próprio Fábio que insinuou que Valmir recuperou sua elegibilidade após apoiar Rogério, como poderia Valmir buscar a mesma Justiça que o inocentou para disputar com esse mesmo Rogério o 2º turno e, ainda assim, isso representar um “acordão”? E, ao não obter sucesso na sua empreitada em busca de ir ao 2° turno, o fato de Valmir manter apoio a Rogério seria, enfim, uma “traição”? Ora, ora, Fábio, respeite a inteligência do povo sergipano, por favor!
O problema de Mitidieri é se achar “o dono da bola”. E pode até ser que ele o seja. Mas isso não significa que nem ele e nem o seu padrinho-mor, Belivaldo, sejam os donos dos votos dos sergipanos, né não? Sigamos!