‘Apertem os Cintos que os Candidatos Sumiram’: esse poderia ser o título de um filme que retratasse a situação da chapa proporcional em Aracaju do MDB, se dependesse apenas de Alessandro Vieira. Entenda

Circula fortemente nos bastidores da política aracajuana uma historinha bem interessante. É que o senador Alessandro Vieira (MDB), que costuma conceder entrevistas transmitindo um ar de vaidade extrema, como se desejasse passar a imagem de que já um mestre na política de Sergipe, acabou tomando um ‘cambão’ na montagem da chapa de vereadores para a Câmara de Aracaju no mesmo MDB que ele preside.

Na verdade, Vieira ficou visivelmente desnorteado quando descobriu que os convidados para compor a chapa proporcional do MDB sumiram, desapareceram, escafederam-se, deixando-o na mão. Se não fosse a habilidade do presidente da agência Desenvolve-SE, Milton Andrade, e da simpatia da secretária Especial da Mulher, Danielle Garcia, ‘a vaca teria ido pro brejo’ lindamente na chapinha do MDB!

O fato é que é voz corrente que a eleição do delegado, em 18, foi um tremendo golpe de sorte. Embalado no discurso de seriedade e combate à corrupção, ele foi agraciado com os votos dos eleitores de Bolsonaro (PL), que identificavam no discurso dele um cidadão que jamais compactuaria com o PT.

Mas só foi a eleição passar e, ao longo do mandato, o senador, com um comportamento atípico, surpreendeu eleitores e apoiadores. Há levantamentos mostrando que, em 2023, além dele ter ‘esquecido’ definitivamente da Lava-Toga, votou em diversos projetos de interesse do PT.

Mas houve decepção também com o comportamento pessoal e com decisões que recaiam apenas e tão somente sobre o próprio senador. Um caso emblemático foi o comunicado aos aliados de que toda assessoria dele seria ocupada através de um tipo de seleção, o equivalente a um concurso. E apesar do discurso da ‘meritocracia’ para a contratação de assessoria direta ser bem bonitinho, com o senador ‘jogando pra torcida’, a pergunta é: então quem o apoiou, lutou pela sua eleição, não teria a mínima competência para compor a tal assessoria de Alessandro?

Um outro caso também bem chatinho foi revelado em alguns ambientes políticos por um prefeito de um município do Agreste sergipano, que foi um dos primeiros a declarar voto a Alessandro na campanha de 18, mas que quando apareceu em Brasília para parabenizá-lo, foi recebido com uma frieza impressionante. Perguntado sobre o que estaria fazendo ali, o prefeito desconversou e disse: “vim só te dar um abraço”, deixando o gabinete o mais rapidamente possível.

Se o esvaziamento produzido repentinamente na chapa proporcional causou surpresa ao senador, imaginem o tamanho da surpresa que ele poderá ter quando chegar 26?

Aí sim ele vai ver como funciona a ‘Faculdade Política de Sergipe’ e só então vai perceber que a aprovação conquistada em 18 só foi possível porque os ‘professores’ da tal faculdade estavam em crise, brigando muito entre si e, assim, ficaram desatentos com relação a alguns ‘alunos’.

Lógico que, como muitos boatos de bastidores, alguns podem ser potencializados com o intuito desmerecer a figura que é alvo desses mesmos comentários. Mas para quem observa a forma de atuação de Alessandro Vieira e o claro e visível tratamento descortês dele para com a maioria dos demais políticos sergipanos, com certeza vale a máxima, para ele, de que ‘onde há fumaça, há fogo’! E o episódio do esvaziamento de nomes convidados por Alessandro para o seu MDB é um exemplo claríssimo disso! É osso!

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3 Comentários

  • Lila Moura

    14 de abril de 2024 - 22:35

    👍👍🙌🙌👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻🤝🤝🤝

  • Daniel Barbosa

    15 de abril de 2024 - 06:55

    Alessandro Vieira se tornou o político patético de SERGIPE

  • Drica Silva

    15 de abril de 2024 - 07:33

    Faço algumas ressalvas ao comentário, concordando em grande parte com o contexto
    Senador Alessandro não foi eleito com os votos dos eleitores de Bolsonaro; foi eleito com o voto dos eleitores de todos os candidatos a Presidente naquela eleição
    Até pq, Alessandro foi eleito antes de Bolsonaro ser Presidente, no primeiro turno
    Quanto a votar em Projetos, essa deve ser a postura de um Senador; votar pelo povo, e não em quem elaborou o projeto

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