Com novo adiamento no TRF-5 sobre o Quinto Constitucional sergipano, quem achou que tava ‘indo pra cima’ da OAB/SE precisa entender que prejudicou mesmo foi o TJ/SE

Desde o início dos debates sobre o Quinto Constitucional no estado, quando a advocacia sergipana ocupará uma vaga no Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ/SE), que este AnderSonsBlog se posiciona positivamente em relação a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Sergipe (OAB/SE) – pelo fato dela ter buscado, através do seu Conselho Seccional, oferecer justiça racial e de gênero em todo o processo.

Mas há sempre quem discorde e queira manter tudo como sempre foi, o que tem, ao longo do tempo, gerado disparidades claras em termos de representatividade. E estão no direito deles de discordarem, embora seja uma minoria e, como se sabe, haja, sim, um aspecto político e de disputa pelo poder nesse embate.

Só que a atual gestão da OAB/SE, a cargo de Danniel Alves Costa, tem tido uma postura exemplar em todo o episódio, sem jamais personalizar o caso e sem jamais suprimir direitos de quem quer que seja. E esse é o lado bom dessa história.

Só que, nesta terça, 15, um novo adiamento ocorreu no Tribunal Federal da 5ª Região (TRF-5), em Recife/PE, após o desembargador Rubens Canuto solicitar mais tempo para analisar o caso, ficando a retomada do julgamento ainda sem uma data prevista.

E, novamente, a OAB/SE manterá a serenidade e aguardará que tudo prossiga normalmente, baseada na confiança que possui no Poder Judiciário, algo que se mostra claro ao longo de todo o imbróglio ocorrido depois que ex-presidentes da Ordem se mostraram inconformados com as regras modernizadoras da escolha do Quinto que, em suma, permitem paridade de gênero e a presença de 30% de candidaturas de pessoas pretas, um evidente avanço reconhecido pela advocacia sergipana em sua enorme maioria.

Mas uma coisa já se pode extrair de tudo isso: quando alguns poucos resolveram atrasar ao máximo o processo da escolha, o que não deixa de ser uma forma de tumultuar e acabar gerando prejuízo para advogadas e advogados de Sergipe, que já poderiam ter definido um nome dentre os seus para ocupar vaga na desembargadoria sergipana, talvez o que não tenham previsto é que seria o TJ/SE o maior prejudicado, visto que, enquanto toda essa celeuma perdurar, seguirá com um julgador a menos e, como consequência, terá processos se avolumando, aguardando a composição total do próprio, né verdade?

Assim, sem querer julgar ninguém, que não é o nosso ofício por aqui em AnderSonsBlog, mas acaba chamando a atenção o fato de que quem agiu pra tentar barrar um processo democrático e amplamente discutido na OAB/SE, agora veja essas ações barrando mesmo é a formação plena do próprio TJ/SE. Lamentável!

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