Lixão não! Essa simples expressão, que tem sido um clamor da maioria das cidades sergipanas, inclusive algumas de grande porte, a exemplo de Lagarto, infelizmente nem sempre é seguida de ações efetivas por parte dos gestores municipais.
E nem adianta vir falar em questões estruturais, de arrecadação baixa, de falta de recurso em caixa, não! A verdade é que a manutenção dos lixões, salvo raríssimas exceções, se dá por falta de vontade política ou, pior ainda, pela mais pura e triste incompetência mesmo!
Não, AnderSonsBlog não está radicalizando, não! E a casa aqui pode provar: desde a segunda quinzena do mês de setembro último que o município de Riachão do Dantas desativou o lixão que funcionava para receber os resíduos produzidos pelas famílias riachãoenses.
E quando se leva em conta que a coleta de lixo na gestão da prefeita Simone de D. Raimunda (PSD) sempre foi irretocável em termos de qualidade, aí chegamos a um número assombroso: Riachão produz por dia, em média, 10 toneladas de lixo. Se fosse mantido o depósito desses resíduos no agora findo lixão municipal, a tragédia ambiental estaria anunciada e a qualidade de vida de todos estaria comprometida com o passar dos anos.
Aí, o que fez Simone? Procurou o aterro sanitário de Santa Luzia do Itanhy, negociou o custo da tonelada a R$ 97,00, faz o transporte diário, percorrendo os 47 km de ida e os 47 km de retorno, alugou um caminhão compactador e livrou Riachão de se tornar uma cidade prejudicada pelo acúmulo de lixo ao longo do tempo.
Mas pensa que parou nisso? A cidade possui a Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis do Município de Riachão do Dantas, a COCARD. Nela se tem geração de renda, se tem cidadania e, a partir da coleta seletiva, essa cidadania alcança a toda população.
Sim, porque ao separar os resíduos produzidos em cada residência, o riachãoense e a riachãoense ajudam a garantir renda para pais e mães de família com a entrega da parte reciclável dos descartes à COCARD; diminuem o total de descarte diretamente voltado para o transporte até o aterro, o que ajuda a reduzir a quantidade total de seu peso; e com tudo isso exercitam a… cidadania!
Aí o leitor e a leitora podem se perguntar: mas porque isso não ocorre em todas as cidades? E AnderSonsBlog volta a sustentar: falta de vontade política e/ou incompetência!
É que Riachão, como se sabe, é um município que gera poucos recursos arrecadatórios próprios, dependendo muito dos repasses constitucionais. E é lógico que esse transporte do lixo até o aterro sanitário, pagando por tonelada, gastando combustível, pneu, manutenção e aluguel do caminhão pesam sobre o orçamento municipal.
Por isso mesmo que se deve apontar a coragem, a disposição para o trabalho, a vontade política e a competência da prefeita Simone ao promover essa verdadeira transformação positiva em Riachão!
Simone, portanto, mandou bem! E agora cabe à população fazer a sua parte e separar o lixo reciclável do não reciclável – e, claro, reduzir ao máximo possível a produção de lixo, né? A natureza e o futuro agradecem penhoradamente! Top demais!