Chamou a atenção do AndersonBlog uma reportagem interessantíssima publicada pelo site AJN1 no último final de semana. A íntegra dela pode ser lida aqui, mas vou destacar apenas dois preços de produtos essenciais no setor de construções. Primeiro o milheiro de bloco, que em janeiro de 2020 custava R$ 700 e em dezembro do mesmo ano passou a R$ 1150, aumento de 64,29%. Depois, o aço: de R$ 4,21 em março do ano passado, agora custa R$ 10,13, portanto está 124,61% mais caro. Agora, a pergunta: temos mercado aquecido para que o aumento da demanda desague em preços tão absurdamente maiores em um espaço de menos de um ano? E mesmo que em alguns países a economia esteja voltando a andar, ainda que a pandemia não esteja 100% debelada em lugar nenhum do planeta, nem aqui e nem na China – sem trocadilho, por favor – se tem atividade econômica tão aquecida que justifique esse descalabro nos preços! Olha, não cabem utopias num mundo tão mercantilizado, lógico. Assim como intervenção estatal é quase um palavrão em mercados livres. Mas será que não tá na hora das autoridades, especialmente a partir do Ministério Público, baterem os olhos em cima dessa situação, investigando a fundo pra todos entendermos o que, de fato, tem tornado a construção civil uma atividade a beira da inviabilidade financeira?
Ainda sobre…
Claro que quando se fala em “construção civil” vem logo a cabeça grandes obras, grandes empresas e um segmento econômico gigantesco. Mas e a pequena obra, o sonho de construir ou reformar a casa própria, ficam de fora desses preços absurdos?
Ainda sobre… 2
De jeito nenhum e muito pelo contrário, pois quem compra muito insumo para construção até consegue barganhar preços mais em conta. Já quem compra em menor quantidade, aí é que o preço alto lasca com tudo!
Fechando e explicando
Ao pensar colunas temáticas diárias para o AndersonsBlog, eu confesso que imaginava ser o segmento de Imóveis, tão firme e sustentável ao longo dos anos, o que seria mais fácil de se buscar e produzir conteúdo. Ledo engano! Parece que houve um blecaute geral nas publicações locais especializadas no tema. Além disso, sites e redes sociais de órgãos representativos e das empresas do setor não parecem preocupados em produzir conteúdo informativo que gere interesse nos internautas.
Fechando e explicando 2
Pois bem, desafio existente, desafio aceito! Ainda que dê mais trabalho, nós vamos atrás de assuntos, tendências, novidades, cenários e o que mais houver para, sempre as terças, levar a você informações sobre um segmento tão significativo pra todos nós. Afinal, casa é casa, né? Ou, como diria o poeta, “minha casa é meu reino”. Sigamos!