Vida que segue, denúncias que seguem chegando e assim é a realidade atual da Polícia Militar do Estado de Sergipe (PM/SE), especialmente em relação as decisões pra lá de polêmicas e contestáveis que o comando da instituição toma, leia-se: em relação ao que decide o comandante da PM/SE, Coronel Marcony. E, com essa nova denúncia, mais uma vez as associações representativas da corporação devem buscar o Ministério Público do Estado de Sergipe (MP/SE), o que deve alongar ainda mais a quantidade de denúncias já protocoladas, com algumas já sendo, inclusive, investigadas pelo MP/SE. Mas aí já não seria um tipo de perseguição a Marcony?, pode se perguntar o leitor e a leitora. Ora bolas, se o comandante não estivesse tomando decisões tão polêmicas, seguramente não estaria sendo tão denunciado, né não? Assim, vamos a mais nova: você sabia que os Comandantes de Batalhões da PM/SE têm direito ao cargo em comissão CCE -05, com fundamento legal na lei 8496/2018, conforme o anexo único do Decreto nº 40243/2019? O problema é que só recebe esse benefício, segundo a denúncia recebida, “quem for familiar, amigo ou se submeter aos caprichos do Comandante Marcony, incluindo-se nesse rol dezenas de praças”. Ok, essa informação pode ser, tranquilamente contestada pelo Coronel – e o espaço aqui está aberto para isso, viu, comandante? Mas há um fato: a grande maioria dos Comandantes de Batalhões, oficiais abnegados e competentes, não recebe absolutamente nada pela função que exercida. E, em alguns casos, nem sequer sabe da existência do cargo em comissão que têm direito por força da lei. O texto enviado a AndersonsBlog, acompanhando essa denúncia, ainda afirma que “o decreto que é mantido escondido a sete chaves”. Aí vem a pergunta pertinente: por que dezenas de praças e oficiais recebem cargo em comissão, enquanto a maioria dos Comandantes de Batalhões, da capital e do interior, que tem o direito garantido, nada recebem? E mais uma reflexão: o que garante ao comando da PM/SE poder tomar decisões pautadas por diversos pesos e medidas sem nem ao menos uma chamada de atenção ou uma correção de rota sejam exigidos da parte governamental? Como diria o gigante Cid Moreira: “mistéééééério!”.