Recentemente AndersonsBlog se somou ao Blog do Cláudio Nunes numa missão espinhosa: levar à público a imensa quantidade de denúncias protocoladas junto ao Ministério Público de Sergipe sobre condutas absolutamente questionáveis da gestão do Coronel Marcony à frente do comando da Polícia Militar de Sergipe. Naquela oportunidade (leia aqui), o que se argumentou foi que não se está condenando ninguém antes das devidas investigações e posteriores punições, caso seja o caso, claro. Mas que também não é normal ver uma associação classista, a Associação dos Militares de Sergipe (Amese), empilhando denúncias atrás de denúncias e o comando da PM sergipana e o próprio governo seguirem fazendo cara de paisagem, como se não fosse assunto que lhes dissesse respeito. Pois é: a mais nova denúncia, dentre tantas e muitas, protocolada junto ao MP pela Amese sustenta que o coronel Eliziel Alves Rodrigues, que ocupa a função de Corregedor da PM/SE na gestão do Coronel Marcony, teria causado prejuízo aos cofres públicos por ter, entre maio de 2020 e maio de 2021, recebido gratificação de representação, que chega a R$ 47.260, e de Indenização por Flexibilização Voluntária (IFV), essa no valor de R$ 16.800. Segundo a Amese, esses valores foram indevidamente recebidos e somam R$ 64.060 no período em questão. Por óbvio, nenhuma decisão administrativa desse porte pode ocorrer sem a anuência do comandante, que é quem assina a autorização para as gratificações se efetivarem. Por isso mesmo que AndersonsBlog volta a bater na mesma tecla em que já havia batido: Coronel Marcony – cuja história na PM de Sergipe merece, sim, respeito e consideração –, não estaria na hora de poupar o governador Belivaldo Chagas (PSD) de ter que encarar mais um desgaste administrativo? Ou será que vale mesmo a pena esticar a corda ao máximo, correndo o risco de manchar a própria história, apenas para manter o cargo? Bem, “de maior” e vacinado o comandante da PM/SE é. Mas que esse embate entre o comando e a representação classista dos comandados está se tornando um estorvo para o governo, isso está! Simples assim!