O PSL, sigla para Partido Social Liberal, legenda pela qual o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se elegeu e que fez 52 deputados federais em 18, num desempenho excepcional, anda as turras em Brasília por conta da eleição para mesa diretora da Câmara. E a briga não é contra adversários, mas de uns contra os outros dentro da própria agremiação – e a disputa entre Baleia Rossi (MDB) e Arthur Lira (PP) pelo comando da tal mesa diretora é apenas pano de fundo para esgarçar o racha ocorrido em 19 entre a cúpula do partido, sob o comando de seu presidente nacional, o deputado federal pernambucano Luciano Bivar, e o próprio Bolsonaro. Mas cortemos pra Sergipe. Por aqui, o PSL é alvo de uma disputa entre duas figuras proeminentes da nossa política: o deputado estadual Rodrigo Valadares (PTB) e o ex-deputado federal André Moura (PSC). Veja bem, o PSL, rachado ou não, é a segunda bancada na Câmara, beleza? Ter o comando do partido em Sergipe, portanto, é sinal de prestígio e força. Acontece que nem Rodrigo – atualmente no Legislativo estadual e tendo, recentemente, surpreendido positivamente pelo seu desempenho na disputa pela prefeitura de Aracaju, quando foi 3º colocado no 1º turno, superando gente bem mais experimentada do que ele – e nem André – que se constitui num dos nomes mais realizadores da história política sergipana, especialmente quando se leva em consideração sua capacidade de articulação em Brasília para obter recursos que, verdadeiramente, chegaram e seguem chegando para o Estado e os municípios – se manifestaram sobre algo absolutamente assertivo nesse caso: a filiação pessoal ao PSL. Rodrigo seguirá no PTB, mesmo que siga comandando o PSL. E André se manterá no PSC, independentemente de passar a comandar o PSL. Percebe o quanto o PSL sergipano é desejado, mas também é desprestigiado, sempre simultânea e igualitariamente?
1 Comentário
César Alves
Partido que eu não faço questão, aliás qual eu faria?
Voto em pessoas e não em partidos.