ECOS DAS CONVENÇÕES – Três frases seminais proferidas por Fábio Mitidieri, Rogério Carvalho e Valmir de Francisquinho em suas respectivas convenções

Frases soltas podem ser perigosas. Mas quando essas frases são destacadas pelo comando de campanha dos candidatos, aí elas já não são mais soltas, elas ganham contextualização e representam o que pensam os candidatos, né não. Por isso, e sem mais delongas, vamos a elas, as tais frases recortadas ditas pelos três principais candidatos em suas convenções:

“Na gestão, oposição é bom. Em eleição, é pra passar por cima. Nós vamos atropelar toda a nossa oposição”, Fábio Mitidieri (PSD).

Essa retórica do atropelamento é usada direto pelo governador Belivaldo Chagas, também PSD. E apesar de nem combinar muito com o perfil de Fábio, parece que ele, finalmente, assume que vai dar continuidade o estilo Belivaldo de governar. Esse recorte – ou corte, como tá na modinha da vez – apenas confirma o que AndersonsBlog sempre apontou: não dá pra Mitidieri querer dizer que é esperança, que é o novo, que é novidade, simplesmente não dá! E, agora, assumindo os modos de Belivaldo, só se espera que ele, diante de qualquer que seja a dificuldade, caso venha a vencer, não se saia com a frase que é o suprassumo da indiferença: “vida que segue!”.

“Nós temos a honra de dizer que nós somos do time de Lula, moçada!”, Rogério Carvalho (PT)

Faltou Rogério lembrar a escalação toda desse time: Renan Calheiros, Gedel Vieira Lima, José Sarney, FHC, além é claro, de um jogador que saiu recentemente do time: Michel Temer. Sim, porque se o PT em Sergipe quer nacionalizar a disputa a todo custo, tem que encarar o bônus, que supostamente seria Lula, e os ônus, que seriam estes e outros nomes em bela companhia. Ah! E faltou Rogério dizer por qual razão marcou um gol contra seu próprio time, como o “capitão” Lula mesmo disse, ao votar a favor do Orçamento Secreto – meeeeeeeeeda! Se seguir optando por cortes que nacionalizem a eleição, a campanha de Rogério vai ser cobrada pela falta de um debate local aprofundado e por ter tanta gente antagônica jogando no mesmo time, né não?

“Peço sempre a Deus: se não for para ser o melhor governador da história de Sergipe, nem quero ser governador”, Valmir de Francisquinho (PL).

Aí a única campanha que fez um corte local, sem agressão e sem medo de ser feliz – perdão pelo trocadilho, viu? – foi a de Valmir de Francisquinho. Todo o Sergipe sabe que os outros dois acima, Rogério e Fábio, se imiscuíram no julgamento de Valmir em Brasília. Rogério através do agora deputado, pelo PT, Robson Viana. E Fábio diretamente através de seu PSD. Assim, resta a Valmir se pegar com Deus mesmo e lutar para garantir o direito de ser ou não escolhido, ser ou não votado pelo povo. Mas, ao menos na sua frase seminal durante a sua convenção, ele já deixa claro que não se permitirá fazer um governo, caso eleito, abaixo do melhor. Se se levar em consideração seu desempenho na prefeitura de Itabaiana, durante dois mandatos, é melhor levar a sério sua frase. E que Deus proteja a todos os sergipanos, né isso?

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