Olha só que fotinha fofa, retirada das redes sociais da prefeita de Lagarto, Hilda Ribeiro (Solidariedade). Nela, o empresário Frank Vieira, do Grupo Maratá, a própria Hilda e seus respectivos “cônjes”, como diria o ex-juiz e senador (quase ex?) Sérgio Moro.
Lógico que o assunto em pleno Pré Caju é sempre alegria! Cabe até uma quadrinha: “o papo é sobre a nova música da Ivete/Ou porque o Bell era bem melhor com o Chiclete/Ou se for pra escolher uma dancinha/É claro que a melhor de todas foi a da Claudinha” e por aí vai!
Mas, apesar do encontro entre Frank e Hilda no calor do Pré Caju, AnderSonsBlog não fará ilações sobre a possibilidade de discussão de atos administrativos e coisa e tal em pleno camarote.
Preferirá entender como uma infeliz coincidência nesta terça, 7, apenas dois dias depois do Precas, ter chegado na Câmara de Lagarto um projeto da prefeita Hilda para vender/trocar/doar ou sabe-se lá o que peste mais o Parque de Exposições Nicolau Almeida, do município, para o Grupo Maratá, que entregaria, por completo somente em 26, parte das dependências do grupo, localizado há cerca de 6 quilômetros do parque que fica literalmente na área central de Lagarto, para que a área no bairro Cidade Nova se transforme gradualmente, ao longo de três longos anos, num centro administrativo da prefeitura bem longe do centro da cidade.
Mas nos debates sobre essa negociação, o que se tem mesmo até aqui é um foco absolutamente distorcido.
Veja, leitor e leitora, o flagrante imagético acima serve para que a casa aqui bata numa tecla importantíssima: os empresários Frank e Zé Augusto, do Grupo Maratá, não estão errados, não!
E nem adianta tentar culpar eles por uma razão simples: imagine se a prefeita chega pra outros empresários lagartenses – vou citar três, como exemplo: Charles de Zé Brício, Nininho da Bolo Bom e Zezé Rocha – e diz que tem o Parque de Exposições ou o Balneário Bica ou a própria prefeitura para trocar em um espaço que qualquer que seja o empresário possua.
Jura que teria algum deles que se negaria a fazer negócio? Lógico que não, né? Assim, do ponto de vista do Grupo Maratá, eles estão fazendo é o que eles sempre fizeram – inclusive pagando impostos, gerando emprego e renda, viu? – ou seja: Grandes Negócios e cabô, minha gente! Isso é da natureza dos negócios e ponto!
Agora, o que não está sendo devidamente levantado é a incompetência da gestão de Hilda em dar uma destinação digna – e devidamente pública – a um espaço que é do povo lagartense.
E a Câmara de Lagarto pode estar, nesse momento, caso aprove o projeto de entrega do parque, assinando o maior atestado de incompetência que uma gestão lagartense já teve!
Quer ver só: se não dá para fazer o centro administrativo porque o “cônje” da prefeita é incompetente em conseguir recursos para tal, o Nicolau Almeida, com a equoterapia lá mantida, poderia se tornar um parque ecológico municipal, o que garantiria a possibilidade de Lagarto sofrer menos com o aquecimento global que já tá aí, né?
Ah, mas seria só isso? Não! Já que a gestão não tem capacidade técnica para nem construir e nem arborizar o Nicolau Almeida, limpem a área toda e transformem no maior espaço de eventos festivos de Sergipe – até porque, quando acontece o Festival da Mandioca, o trânsito ao lado do mercado municipal fica insuportável. E o local onde hoje acontece a afamada festa, o Tanque Grande, poderia virar o maior estacionamento público de Sergipe! Simples demais, fácil demais de fazer!
Mas, não! Hilda prefere passar para a história – ou para a lata do lixo da história – como a prefeita entreguista, vendilhona, privatista e incapaz de dotar os espaços públicos de Lagarto justamente da presença do poder público lagartense. E isso é muito pequeno, é diminuto, é minúsculo!
Mas AnderSonsBlog tem uma teoria para o fato da gestão de Hilda ser tão pequena, se enquadrando dentre as Pequenas Gestões: como a prefeita não é de Lagarto, provavelmente ela, em 1º de janeiro de 25, deixa a prefeitura e volta pra Aracaju.
Aí ela poderá curtir as coisas da terra dela, tipo o fantástico Pré Caju, é claro! E se alguém, lá no futuro, perguntar: “e Lagarto?”. Ela poderá responder com a sua consciência aracajuanamente limpa: “não sei!”.
Sim, porque ao fazer questão de apagar a história e as tradições lagartenses, como no caso do Parque de Exposições Nicolau Almeida, a resposta dessa hipotética Hilda Ribeiro lá do futuro poderá nem ser sarcástica.
Na verdade, Lagarto é que poderá ter mesmo deixado de existir depois de experimentar uma gestão tão pequena, tão ínfima, tão microscópica como a de Hilda está sendo e com o aval da Câmara de Vereadores, no caso deste aprovarem o projeto que enterra o Parque de Exposições Nicolau Almeida pelos séculos e séculos, amém!